Segundo o levantamento da Equipe de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a expectativa é de uma produtividade média de 7,5 toneladas por hectare.
De acordo com o presidente do Irga, Cláudio Brayer Pereira, a safra 2010/11 vai demonstrar a capacidade do orizicultor gaúcho de ter excelência na produção.
? A expectativa é de uma grande colheita com alta qualidade no produto, garantindo alimento básico para toda a população brasileira ? destaca.
No início do mês de fevereiro, o orizicultor Moacir Mezzomo de São Borja, iniciou a colheita com boas expectativas. Mezzomo cultivou, na safra 2010/11, uma área de 2.730 hectares. A expectativa é obter uma produtividade média de 7,8 toneladas por hectare.
A fronteira oeste gaúcha concentra os dois maiores municípios produtores de arroz do país. O agricultor, Luiz Rodrigues, possui dois mil hectares em Itaqui. Com a ajuda do clima, a previsão é de que a média de produtividade fique acima da estadual, estimada em oito mil quilos por hectare nesta safra.
? Como não vou estar apavorado se nem o preço mínimo estão garantindo? ? questionou Rodrigues.
O preço mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 25,80. Mas no mercado a saca de 50 quilos não passa dos R$ 23. O arroz já está quase pronto para ser colhido na região. Muitos produtores já começam a colocar as máquinas nas lavouras a partir do dia 10 de fevereiro.
Mas como o produto não foi valorizado nem mesmo na entressafra, a preocupação dos produtores é com o preço após a colheita.
A enchente de janeiro foi considerada uma das maiores dos últimos tempos na região. Os prejuízos nas lavouras de arroz reduziram os números da colheita, mas não impediram que o Brasil tivesse uma supersafra em 2010.
E ela passou de 148 milhões de toneladas de grãos pelo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um recorde nacional. O número foi 10% maior do que na última safra. Chuvas regulares durante o plantio e desenvolvimento das lavouras e a seca na colheita favoreceram a produção na maior parte do país.