Além do atraso, o Imea garantiu que parte da produção pode ter problemas com a qualidade do grão
O Mato Grosso está apto a colher boa parte de suas áreas desde a segunda quinzena de janeiro. Mas, as chuvas intermitentes que afetam todo o estado estão atrasando os trabalhos. Nos últimos dias, o sol finalmente apareceu e permaneceu por pelo menos três dias. Isso levou os agricultores a correrem para o campo para colher o máximo que puderam. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 30% das lavouras já foram coletadas.
Em sua estimativa inicial, o Imea acreditava que a colheita da soja no estado pudesse chegar a 40% da área, entretanto as constantes precipitações retardaram o processo. “Na última semana o estado avançou bem na colheita, poderia ser mais, só não foi por causa do excesso de chuvas em alguns municípios. No mesmo período do ano anterior, tínhamos 15% colhido, mas é bom lembrar que o clima no ano passado era pior”, conta o superintendente do Imea, Daniel Latorraca.
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Dos 9,4 milhões de hectares semeados na temporada 2016/2017 pelos produtores de Mato Grosso, 3 milhões já foram colhidos. “Na estimativa que fizemos aqui no Imea, mês a mês, a expectativa era a colheita ter chegado a 40%, mas isso não foi possível devido às chuvas que atrapalharam. De céu aberto mesmo, tivemos no máximo três dias”, disse ele.
A produtividade do que já foi colhido está dentro do normal, garante Latorraca. Mas, em termos de qualidade, a coisa não está tão boa. “A produtividade que vem sendo obtida é boa, dentro do esperado. Na média 57 sacas por hectare. Mas esta série de chuvas trouxe problemas não só na classificação de umidade, mas também com soja ardida. Já recebemos reclamações e relatos sobre estes problemas, inclusive”, finaliza.
