A colheita 2019/2020 do café atingiu 10% da área até última terça-feira, dia 14, segundo a consultoria Safras&Mercado. Tomando por base a estimativa da empresa para a produção do grão no Brasil, de 58,9 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 5,75 milhões de sacas.
“Os trabalhos estão mais adiantados no conilon, que inicia mais cedo. E mesmo com as chuvas no Espírito Santo e em Rondônia atrapalhando, a colheita consegue avançar bem nessas primeiras semanas de maio”, diz o consultor Gil Barabach. Para a variedade, os trabalhos alcançaram 23% da produção, estimada em 18,20 milhões de sacas.
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No caso do arábica, a colheita está apenas iniciando. “Em algumas regiões há queixa com a umidade elevada, mas no geral, o clima segue favorável às lavouras”, comentou. E, assim, os trabalhos alcançam 4% da produção, projetada em 40,70 milhões de sacas.
Comercialização
As vendas da safra 2019/2020 atingiram 17% da produção neste início de maio. A comercialização ganhou mais impulso com o produtor buscando aproveitar os repiques de mercado. “O fato é que o preço de fixação antecipada de safra é mais sensível a flutuações de dólar, especialmente, e da Bolsa de Nova York para o arábica. E isso tornou, muitas vezes, as vendas futuras mais atrativas que as posições no mercado disponível”, avalia o consultor Gil Barabach.
Segundo ele, no sul de Minas Gerais, os produtores sinalizam que já superaram o baque causado pela quebra de uma importante trading da região. Destaque também para vendas antecipadas em regiões menos tradicionais em operações com vendas antecipadas. “A chegada de café novo mais cedo ao mercado também ajudou a dar impulso à comercialização da safra 2019”, comentou.
Segundo a Safras, as vendas da safra 2019/2020 estão em linha com o que o produtor havia negociado em igual período do ano passado. As vendas de arábica chegam a 17%, levemente abaixo dos 18% de igual período do ano passado. Já as vendas de conilon saltaram a 18% da safra, bem acima dos 9% em igual época do não passado. “O tombo no preço do conilon e o avanço da oferta de café novo justificam esse desempenho”, aponta Barabach.