A colheita da safra de trigo de 2023 no Brasil atingiu 59,2% da área estimada, mostrando um progresso em relação à semana anterior e ao mesmo período do ano passado.
No entanto, desafios climáticos recentes impactaram a safra, com chuvas excessivas causando perdas quantitativas e qualitativas, incluindo reduções na qualidade do trigo.
Carlos Cogo observou que a qualidade do trigo desempenha um papel fundamental na determinação dos preços, afetando diretamente seu valor.
Fatores como o peso hectolitro e o Falling Number, que mede o tempo de queda da farinha, estão comprometidos devido às condições climáticas desfavoráveis.
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No mercado interno, os preços médios do trigo em Santa Catarina caíram 39% em relação ao ano anterior, mas houve uma leve sustentação recente. No Paraná, as cotações passaram de R$ 110 a saca no mesmo período do ano passado para R$ 63 a saca. No Rio Grande do Sul, o maior produtor do país, os preços também caíram, de R$ 102 a saca para R$ 66 a saca.
No cenário internacional, os preços do trigo se mantêm estáveis, com uma leve alta prevista ao longo do próximo ano, devido à correlação com os preços do milho nas bolsas internacionais.
Para aliviar a pressão nos preços internos, o governo anunciou a liberação de R$ 400 milhões para leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), que ajudará a escoar cerca de 1,5 milhão de toneladas de trigo, proporcionando um fator de sustentação para os preços no mercado doméstico.
As perspectivas futuras indicam estabilização dos preços, com um leve aumento devido aos leilões de PEP. No entanto, a safra de trigo de 2023 continuará sendo monitorada quanto aos desafios climáticos e à qualidade do produto.
