A colheita da safra 2019/2020 de soja atingiu 1,8% da área cultivada no Brasil, até a última quinta-feira, 16. Segundo a consultoria AgRural, os trabalhos seguem atrasados, já que no ano passado estavam em 6,1% e na média dos últimos cinco anos, em 2,1%. Mato Grosso segue isolado puxando o ritmo da colheita, seguido de longe por áreas pontuais que começam a ser colhidas no Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
“As regiões médio-norte, oeste e sul de Mato Grosso são as que possuem o maior índice de colheita”, comenta o analista de mercado Adriano Gomes.
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A expectativa é de que a colheita ganhe ritmo mais forte em Mato Grosso nesta segunda quinzena de janeiro. Mas as chuvas previstas para o estado no período podem dificultar o avanço das máquinas.
“Apesar disso, o plantio nesta safra no estado foi bem escalonado. Então essa chuva acaba prejudicando o avanço das máquinas mas favorece áreas mais tardias”, pondera. Segundo Gomes, sempre há preocupação com umidade e perda da qualidade dos grãos, mas ainda é cedo para calcular prejuízos deste tipo.
Nos demais estados, onde as colheitadeiras estão passando apenas por áreas pontuais neste momento. Os trabalhos devem ganhar fôlego somente em fevereiro, devido ao atraso no plantio.
No Rio Grande do Sul, que tem calendário mais tardio, boas chuvas registradas na semana passada interromperam as perdas da soja, mas o potencial produtivo das áreas plantadas mais cedo foi prejudicado pelo tempo quente e seco em dezembro.
No Matopiba, região que compreende parte do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que também planta mais tarde, as chuvas foram irregulares na semana passada, mas o solo ainda tem umidade e as previsões mostram bons volumes de chuva nos últimos dez dias de janeiro.