O preço da saca de trigo tem caído desde o ano passado, principalmente em razão da possibilidade da safra recorde.
Há um ano a saca de 60 quilos custava R$ 98 na maioria das praças do Paraná, maior produtor nacional do cereal.
Na semana que passou, a saca foi cotada a R$ 52, o que representa 47% a menos que em 2022 e 21% inferior aos R$ 66 do início do mês passado.
A análise sobre esse produto e outros do agronegócio paranaense está no Boletim de Conjuntura Agropecuária, preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
A previsão é que sejam produzidas 200 mil toneladas a mais que as 10,5 milhões de toneladas do ano passado no estado.
O Paraná e o Rio Grande do Sul continuam como estados mais representativos na triticultura, concentrando aproximadamente 85% da produção nacional.
A colheita no estado alcançou 26% da área de 1,4 milhão de hectares e se desenvolve bem. Os gaúchos devem começar muito em breve os trabalhos. A maior preocupação é com futuras chuvas, além dos danos que elas já causaram nos últimos dias.
Além do trigo
O plantio da primeira safra 2023/24 de feijão iniciou, com vistas a ocupar 112 mil hectares, o que representa redução de 4% em relação aos 116 mil hectares do ciclo anterior. A produção, entretanto, deve ter aumento de 8%, ficando em 216 mil toneladas contra 199 mil retiradas em 2022.
Beneficiado pelo clima, o plantio da primeira safra de milho avançou 17 pontos percentuais nesta semana, chegando a 26% dos 317 mil hectares previstos. Já a colheita da segunda safra chegou a 79% da área estimada de 2,3 milhões de hectares.