A produtividade ponderada do Estado até o momento é de 53,45 sc/ha, ficando um pouco acima do valor da safra passada. Contudo, a principal diferença apresentada na colheita deste ano são os baixos volumes pluviométricos, com estimativas climáticas de chuvas abaixo da média histórica para fevereiro e março.
O clima favorável para a colheita da soja desfavorece o desenvolvimento das lavouras. Desta forma, o clima pode ser o fator limitante na busca de ganhos com a produtividade desta safra. Na tentativa de elevar os rendimentos a campo, alguns produtores já estão preferindo postergar a dessecação das lavouras de soja, reduzindo o avanço da semeadura do milho.
A produção mato-grossense está estimada em 27,89 milhões de toneladas de soja na safra atual, 6,1% mais na comparação com a temporada passada. O aumento da produção e início da colheita na América do Sul são fatores de baixa em curto prazo.
Preços
Na última semana, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe a confirmação de níveis elevados de estoques mundiais da soja, eliminando a expectativa de alguns agentes do mercado de cortes agressivos sobre a área colhida da oleaginosa norte-americana, conforme o boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Neste momento, os estoques finais mundiais para esta safra apresentam-se nos maiores níveis dentre as demais estimativas, 90,78 milhões de toneladas. O mercado já reagiu diante destas informações, recuando na média da última semana em Chicago.
Mesmo com o relatório de exportações semanais dos EUA, reportando aumento da demanda na semana do dia 8 de janeiro, o mercado não reagiu positivamente e agora tem que procurar motivos ainda mais fortes para justificar as altas, como ocorreram no ano passado, pautadas na demanda. O Imea indica que a expectativa é de que o viés de baixa ganhe força sobre o mercado, fazendo os fundamentos começarem a ser precificados de fato sobre o mercado internacional da soja.