A colheita de milho segunda safra no Paraná avançou 13 pontos porcentuais em sete dias e atingiu nesta semana 79% da área de 1,916 milhão de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado.
O relatório do Deral aponta atraso nos trabalhos em relação ao ano passado, quando o milho tinha sido retirado de 81% da área.
Ainda de acordo com o levantamento, 98% das lavouras estão em fase de maturação e 93% estavam em boas condições, estável em relação à semana passada.
A colheita de trigo 2015 alcança 1% da área plantada. O produto foi retirado de uma área de 13,81 mil hectares, do total de 1,32 milhão de hectares semeados no Estado. Segundo o Deral, 80% das lavouras se desenvolvem bem, 18% têm condições médias e 2%, ruins.
Na semana passada, esses porcentuais eram, respectivamente, de 81%, 17% e 2%. Conforme o levantamento, 24% da área de trigo está em fase de maturação.
Preços
Com a colheita no Paraná e em Mato Grosso praticamente no fim, a expectativa de que a produção nesta temporada atinja o patamar recorde de 54 milhões de toneladas vai se confirmando.
Apesar da oferta elevada, os preços continuam em alta, impulsionados pelo ritmo das exportações, favorecidas pela competitividade do milho brasileiro no mercado internacional, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
O Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, São Paulo, subiu 5,63% na parcial do mês (até o dia 17), fechando a R$ 27,39 a saca de 60 quilos no dia 17. Considerando também os negócios em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa de desconto NPR, a média à vista foi para R$ 26,97 a saca, reação de 5,81%.
Até o dia 14, foram exportadas 906,2 mil toneladas de milho, com a média diária em 90,6 mil toneladas, superando em 63% o resultado já bastante elevado de julho (55,7 mil toneladas por dia). No mês passado, o volume foi nove vezes superior ao de junho e o dobro do registrado em julho de 2014.
– A competitividade atual decorre principalmente do câmbio, e a expectativa é de que continue se valorizando (todos os contratos futuros de dólar na BM&FBovespa apontam valores maiores que os atuais) – diz o Cepea.