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Colheita do milho segunda safra de Mato Grosso será 31,6% menor em relação à safra passada

Principais motivos são redução de área e chuvas em período de colheitaO excesso de umidade vem atrapalhando o desempenho da colheita do milho segunda safra em Mato Grosso. Mesmo com redução de área e estimativa de produção menor, os preços pagos pelo cereal em algumas regiões do Estado não cobrem os custos de produção. As perspectivas não são nada animadoras. Se o mercado do milho continuar do mesmo jeito, a tendência é de redução de área e de uso de tecnologia. Feijão, girassol e soja podem substituir a cultura.

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A colheita no Estado também está atrasada. Até agora, apenas 10% das áreas cultivadas foram colhidas. O clima desfavorável em algumas regiões é o responsável pelo ritmo mais lento.

– As chuvas se estenderam e a umidade acaba atrasando a colheita, não bastasse isso, os ataques de lagartas que os milhos sofreram, fizeram com que as chuvas prejudicassem também a qualidade dos grãos, entrando água nas partes finais, onde as lagartas atacam, causando grãos avariados em maior volume do que os outros anos – explicou o diretor técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas.

Em Sinop, no norte do Mato Grosso, João Clóvis Lorenzi, produtor rural, investiu em tecnologia neste safra, mas o clima acabou não favorecendo o desenvolvimento das plantas. E o resultado de produtividade desejado não está sendo conferido na prática. Mesmo assim, ele está colhendo mais em comparação ao ano passado.

– Este ano foi um pouco complicado, porque tivemos falta de chuva, mas mesmo assim as expectativas são boas, estamos colhendo 110, 115 por hectare. No ano passado, foi um pouco menos, tivemos mais problema ainda – explica Lorenzi.

Por causa dos problemas enfrentados no ano passado, Lorenzi reduziu a área cultivada em 125 hectares e plantou em 2014, 325 hectares de milho.

Ele não é o único produtor desanimado com o cenário do milho segunda safra no Estado. Na região de Sorriso (MT), onde a cultura é predominante, este ano houve pouco investimento em tecnologia e redução na área plantada. Fora isso, o clima também não ajudou.

– O produtor investiu menos, comprou uma semente mais barata, que não necessitava tanto de tratamento de fungicida e uma adubação menor e isso vai acarretar diretamente na perda de produtividade, a nossa análise aqui do município de Sorriso é de, no mínimo, perder 30% em relação ao ano passado. De três milhões de toneladas, que foram colhidas no ano passado, nós vamos baixar para 2,2 milhões de toneladas, até menos – relatou o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Laércio Pedro Lens.

O Imea aponta que há cerca de 880 mil toneladas de milho no mercado. Com a disponibilidade do produto no Brasil e as cotações em baixa no mercado externo, o cenário é preocupante.

– Sinalizava janeiro e fevereiro um preço bom, onde o produtor acreditou e voltou a plantar o milho, porque era para ter uma redução muito maior de área. E infelizmente nos deparamos com a morosidade da intervenção do governo, e nos contratos de opções que não foi realizado nada – reclamou Antônio Galvan, vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop.

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