O centro alerta, no entanto, que o mercado de milho ainda busca uma direção, prevalecendo movimentos distintos dos preços entre as praças produtoras e de comercialização. Se por um lado, o presso está pressionado em algumas praças, por outro a retração de parte dos vendedores, que prefere negociar a soja, sustenta as cotações em outras regiões.
Na terça, dia 7, o Indicador ESALQ/BMBovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a R$ 28,69/saca de 60 quilos, recuo de 2,3% frente à terça anterior. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 28,11/sc, recuo de 2,4% no mesmo período.
De acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, em entrevista ao Mercado e Companhia de terça, dia 7, com a queda na área plantada do cereal nos Estados Unidos, de acordo com o relatório do USDA da última semana, o mercado internacional deve buscar o milho
brasileiro.
O estoque do grão no mercado interno, no entanto, é restrito. Há uma desconfiança por parte os produtores de que não haja volume suficiente para atender à demanda. Em 2015, há uma forte busca no mercado interno para a produção de ração e, com isso, os produtores devem segurar a venda nos próximos dias, o que pode beneficiar o preço do milho.
O mercado aguarda o relatório USDA, que será divulgado amanhã, dia 8, e estima uma redução de 3,8% nos estoques de soja e aumento de 4,3% nos estoques de milho. Essa mudança nos números da safra norte-americana é reflexo do relatório de intenção de plantio divulgado no último dia 31, quando o USDA projetou que a área de milho semeada nos EUA será a menor em 10 anos.