A colheita da segunda safra de milho alcançou 35,1% da área plantada em Mato Grosso do Sul até sexta, dia 31. Segundo levantamento do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja/MS), os produtores cultivaram nesta temporada 1,585 milhão de hectares.
Conforme o Siga, o trabalho está mais acelerado nas regiões centro e norte, onde a média de área colhida atingiu 39,6% da área plantada, principalmente em virtude do avanço significativo dos trabalhos nos municípios de Rio Brilhante e Chapadão do Sul.
Segundo o relatório da Aprosoja/MS, as lavouras apresentam bom desenvolvimento na maioria dos municípios e a previsão é de boa produção para o Estado, com estimativa de 8,3 milhões de toneladas do grão, 4,4% a mais ante a safra anterior (7,954 milhões de toneladas).
Projeções
A consultoria INTL FCStone elevou a estimativa de produção brasileira de milho da safra 2014/15 para 84 milhões de toneladas, em sua revisão de agosto. A projeção divulgada no mês anterior indicava 83,23 milhões de toneladas.
Não houve ajustes na primeira safra (31,62 milhões de toneladas), enquanto a produção esperada para a segunda safra ficou em 53,2 milhões de toneladas, ante 52,38 milhões de toneladas da previsão anterior.
– Esse aumento da produção no inverno decorreu de uma revisão na área plantada e um leve aumento da produtividade – afirmou a analista de milho da consultoria, Ana Luiza Lodi, em nota.
O volume de exportação também foi revisado para cima com 26 milhões de toneladas, ante 21 milhões de toneladas da estimativa de julho.
– O contexto de dólar forte favorece a competitividade do cereal brasileiro, o que pode levar a esse volume mais elevado de embarques – afirmou a analista.
Ela destaca que, para atingir o número, será preciso exportar em média 3,77 milhões de toneladas por mês nos próximos seis meses.
A FCStone reduziu sua previsão de estoques finais para 14,29 milhões de toneladas (ante 18,52 milhões de toneladas previsto em julho), com uma relação entre estoque e uso de 17,4%.