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Colheita de soja é antecipada em 30 dias no RS

Produtores apostaram em semente precoce, que germinou melhor em regiões de clima mais amenoA colheita de soja no norte do Rio Grande do Sul começou com 30 dias de antecedência e a produção superou as expectativas. Um exemplo é a propriedade de Roberto Rotta, em Erechim, que em março começou com trabalho dobrado.

Com 400 hectares, a colheita de soja foi antecipada. Como havia previsão de estiagem no Estado, o proprietário investiu numa semente precoce, que germinou com uma temperatura mais baixa e se desenvolveu num clima mais ameno.

A aposta deu certo. A produção superou a expectativa do produtor, e chega a 75 sacas de soja por hectare. A média gaúcha é de 42 sacas. Com tanta produção, até o preço da saca, cotado hoje em R$ 42, não desanima o produtor.

? Se manter nesse patamar não é ruim. A gente cobre os custos de produção por causa da produtividade que nós estamos tendo. Agora, agricultores que ficaram na média dos 2,5 quilos vão ter dificuldades para pagar todo investimento que fizeram e se manter até a próxima safra ? afirma Roberto Rotta.
 
O produtor Artur Rigo, sogro de Roberto, que planta soja há 50 anos, ficou satisfeito com a inovação na lavoura.

? Hoje em dia temos que apostar muito na tecnologia. Tem agrônomo fazendo acompanhamento direto na lavoura. Não adianta só colocar a semente, tem que colocar todos os tratos que a planta precisa ? acredita o agricultor.

Tecnologia
O engenheiro agrônomo Leandro Zanella explica por que o investimento em tecnologia não significa aumento no custo da lavoura.

? A tecnologia nos permite ter perspectivas de como será a safra futura. Quer dizer, eu posso começar a fazer um escalonamento da minha cultura, no caso a soja, e isso possibilita no final ter um incremento de tecnologias. Ter uma cultura com menos uso de agrotóxicos, um aproveitamento melhor do recurso água, que é um dos principais fatores de produtividade, e ter um resultado muito maior que a utilização dos fertilizantes ? explica o especialista.

Mas na propriedade de Roberto Rotta não é só o patrão que comemora o bom resultado da soja. O safrista José Dieder, por exemplo, tem trabalho garantido e dinheiro no bolso, já que a produção superou as expectativas.

? Ganhar um dinheirinho extra é bom, aumenta a renda em casa. A gente lida um pouco com a lavoura, um pouco a gente presta serviço pro [Arthur] Rigo e o Roberto [Rotta]. E vamos levando a vida, ganhando um troco a mais ? comemora Dieder, que é safrista há 18 anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), neste ano foram plantados 4,085 milhões de hectares de soja em solo gaúcho. A produção deve ultrapassar dez milhões de toneladas do grão.

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