O temor de que as estradas e os portos não deem conta da demanda foi o assunto da abertura oficial da colheita da soja no Rio Grande do Sul, no sábado, em Tupanciretã, centro do Estado.
– Nosso porto de Rio Grande não enfrenta tantos problemas quanto os outros. Mas temos vários pontos do Estado onde as estradas são precárias, o que dificulta o escoamento da produção. Devemos perder de R$ 2,00 a R$ 3,00 por saca com essas deficiências – disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja do RS (Aprosoja) e prefeito de Tapera, Ireneu Orth.
Por enquanto, só encolheu o valor do prêmio para a soja gaúcha que chega a Rio Grande. Mas, com atraso, pode haver deságio de R$ 2,00 por saca de 60 quilos. Seria, por exemplo, como se preço atual de R$ 58 pudesse ser de R$ 60,00 sem gargalos.
As projeções iniciais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são de que a produção gaúcha de soja chegue a 12,2 milhões de toneladas, a maior safra do grão no Estado.
Apesar da deficiência na infraestrutura, a expectativa é de que a safra deverá injetar R$ 12,3 bilhões na economia gaúcha. Produtores como Pedro Herter, dono da propriedade de 600 hectares em Tupanciretã que abrigou o evento de abertura da colheita, dizem que após um ano de seca, a fartura desta safra promete estimular investimentos.
– Estamos trabalhando com uma projeção de colher 60 sacas por hectare. Se isso for confirmado, investiremos em novas máquinas para melhorar nossa produção – comemora Herter.
Na abertura da colheita da soja, o governador Tarso Genro assinou projeto, que será encaminhado à Assembleia, para transformar em lei o programa Mais Água, Mais Renda. Tarso também assinou decreto para que, a partir de agora, a aquisição de plantadeiras para a produção de soja em terras baixas (várzeas) seja subvencionada. Pequenos e médios produtores poderão financiar até 30% do valor total e grandes, 12%.
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