O governador chegou à propriedade do produtor Dorival Terra, onde foi realizada a solenidade, pouco antes das 11h. Depois de participar da cerimônia e dar um breve passeio em cima de uma colheitadeira, ouviu as reivindicações de um grupo de produtores. Entre outros pedidos, foram solicitados mais atenção do governo para a programas de fomento à renovação das máquinas agrícolas e aumento de projetos de incentivo à irrigação.
Os agricultores também estenderam uma faixa com os dizeres: “os produtores rurais pedem socorro”. Em seu discurso, o governador prometeu empenho em atender os anseios do setor, castigado por uma das piores secas dos últimos anos:
– O governo gaúcho está pronto para atender os nossos agricultores. Estamos tomando medidas efetivas para solucionar os problemas.
A falta de chuva que marcou o verão no Rio Grande do Sul deve fazer com que os agricultores tenham perdas importantes. A Emater estima que a colheita de 2012 terá uma quebra de 30% em relação ao que era inicialmente estimado. No início do ano, esperava-se colher até 10,3 milhões de toneladas do grão, mas a falta de umidade no solo deve achatar a produção gaúcha para cerca de 7,1 milhões de toneladas.
– Essa foi uma das maiores secas dos últimos 10 anos. Pior que essa, só em 2005 – avalia o agrônomo da Emater Cláudio Dóro.
As regiões mais atingidas pela quebra de produção no Estado devem ser Missões e a Central.
Com menos grãos no mercado, os preços, porém, estão mais altos. Neste mesmo período no ano passado, por exemplo, a saca do grão era comercializada a um preço médio de R$ 43,50. Neste ano, segundo estimativas do analista Flávio Roberto de França Júnior, da Safras e Mercado, o valor pago ao produtor pela saca gira em torno de R$ 52,50, um aumento de 20% em relação a 2011.