Esta safra da soja passará para a história como uma das mais rápidas, pois as condições climáticas favoreceram a antecipação do plantio. A maioria dos produtores optou pelo cultivo de variedades precoces, que têm ciclo mais curto, pois assim teriam mais tempo para, na sequência, semear algodão ou milho safrinha. A soja precoce, que nesta safra ocupou dois terços da área cultivada, há dez anos não chegava a 10%.
A comercialização também está mais adiantada nesta safra. Segundo o Imea, até a última quarta, dia 24, as vendas atingiram 63% da safra que está sendo colhida e apresentaram uma evolução mensal de seis pontos porcentuais tanto em relação à semana anterior como ao mesmo período do ano passado.
Segundo os técnicos do Imea, o adiantamento da comercialização já se tornou hábito entre produtores, que iniciam as vendas antecipadas em julho. A comercialização está mais adiantada em Sorriso (70%), Lucas do Rio Verde (80%) e Sapezal (75%).
Os técnicos observaram que a grande oferta do grão tem pressionado o mercado e obrigado os produtores a aproveitarem os esporádicos picos de preços para efetuar vendas de volumes reduzidos, apenas para cobrir custos internos das propriedades.
O boletim semanal do Imea relatou negócios na região oeste de Mato Grosso a R$ 27,30/saca em Campo Novo do Parecis e a R$ 28,10 por saca em Sapezal. No médio-norte, houve negócios em Sorriso a R$ 25; em Sinop, a R$ 24,70; em Lucas do Rio Verde, a R$ 25,50; e em Nova Mutum, a R$ 26.
Na região sudeste de Mato Grosso, os preços recuaram na semana passada, o que travou o mercado. As propostas em Rondonópolis foram de R$ 29,20; em Campo Verde, R$ 27,80; e em Primavera do Leste, R$ 28,00. Na região nordeste, houve indicações em Canarana a R$ 28,30 por saca.