Sojicultores já deram inicio a colheita da maior safra de soja do país. Clima ainda gera apreensão e pode atrapalhar
Começou a colheita da soja da temporada 2016/2017. Alguns produtores do município de Campos de Júlio, em Mato Grosso, colocaram a colheitadeiras em campo para dar inicio a esta que promete ser a maior safra de soja do país. Ao que parece as produtividades estão boas, mas o clima ainda traz muita insegurança aos agricultores.
Passado o período de chuvas, maior que o esperado, muitos agricultores que optaram por plantar parte de suas lavouras com a variedade super precoce, com ciclo média de 100 dias, começam agora a colheita da soja. Os trabalhos deverão ser intensificados só a partir de janeiro, em todo o país.
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Neste momento os relatos de colheitas vêm exclusivamente de Mato Grosso. Os primeiros aconteceram na semana passada, no município de Vila Rica, o qual o produtor optou por colher apenas as bordaduras de sua área para fazer alguns testes, garantindo que o restante seria colhido a partir do mês que vem.
Na região de Campos de Júlio, o agricultor Valdemar Zanella também deu inicio a colheita de 500 hectares, dos 6,2 mil cultivados nesta safra. Por lá, 33% foram semeadas com variedades convencionais, e o restante com variedades transgênicas precoces e super precoces, que são estas que estão sendo colhidas agora. “Esta soja aqui era para ter sido colhida uns dez dias atrás, já que ela é de um ciclo de 85 dias. Mas, choveu muito e não queríamos dissecar para colher. Resolvemos esperar”, garante Zanella. “Depois de uns 3, 4 dias com sol, ai aproveitamos para colocar a máquina no campo”
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Segundo o agricultor a soja colhida está apresentando um pouco mais de umidade que o normal, mas isso não chega a preocupar, ainda mais depois dos resultados obtidos. As médias registradas nos primeiros talhões colhidos superam os 67 sacos por hectare e a meta é ainda maior. “Nossa meta é sempre crescer 3% ao ano. Em 2015, fechamos com uma média de 67,3 sacas por hectare. Então nossa expectativa é fechar acima de 69 sacos na média geral”, afirma o técnico agrônomo da fazenda, Marcos Adriano Storch. “As plantas estão muito bem desenvolvidas, o número de vagens está maior que o ano passado e acho que teremos uma ótima safra.”
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Apesar do otimismo do produtor e do técnico, o clima ainda gera preocupação com o futuro da safra, pois se continuar chovendo como está e a soja ficar no campo a coisa pode complicar. “Estou preocupado com estas chuvas, chove demais e temos receio de perder parte da produção”, diz Zanella.
O Brasil deve colher uma safra recorde de mais de 102 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), crescimento de 7,4% ante a temporada passada. O Mato Grosso pretende colher mais de 28,5 milhões de toneladas.
Com informações de Pedro Silvestre, de Mato Grosso
