A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) enfatizou em nota a importância de o governo “adequar” os recursos destinados à equalização de taxas de juros de linhas do Plano Safra 2022/23, que entrará em vigor em julho.
A avaliação considera a perspectiva de nova alta da Selic pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) nesta quarta-feira – a expectativa é de que suba de 11,75% para 12,75% ao ano.
“Os produtores precisarão, mais do que nunca, de linhas especiais de financiamento para manter o patamar da produção; não conseguirão bancar os juros livres de mercado, em especial porque os spreads bancários estão muito elevados, inclusive por conta dos riscos da conjuntura atual”, disse em comunicado o presidente da entidade, Fábio Meirelles.
Ele solicitou renegociação de prazos de reembolso do crédito nas regiões onde a produção agropecuária foi prejudicada por adversidades climáticas.
Alertou, ainda, que os juros altos, “depois de certo patamar”, podem “retroalimentar” a inflação – a oferta de alimentos poderia diminuir e os preços dos produtos, inclusive os que compõem os índices de inflação, aumentar.