Esta será a primeira safra em que é possível o uso do defensivo; produtor precisa de autorização e acompanhamento para utilizar o benzoato de emamectina
Roberta Silveira | Luís Eduardo Magalhães (BA)
Defensivos a base de benzoato de emamectina já estão sendo usados em lavouras do oeste baiano depois da autorização do Tribunal de Justiça do Estado. O produto é recomendado para combater a lagarta Helicoverpa armigera. Apesar da declaração de emergência fitossanitária, o inseticida havia sido proibido, após ação do Ministério Público da Bahia.
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Para eliminar a lagarta e outras pragas, os produtores baianos já realizaram as primeiras aplicações do benzoato de emamectina. Esta é a primeira safra com liberação do uso do defensivo que só pode ser aplicado com acompanhamento da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
– Todas as culturas poderão fazer uso do benzoato, após o Tribunal de Justiça autorizar o usso. Mas ele só poderá ser feito com autorização da Adab – explica o assessor de agronegócio da Associação dos Produtores Irrigantes da Bahia (Aiba) Luiz Stahlke.
O produtor Franco Bosa diz que o benzoato de emamectina tem o custo elevado, quase R$ 50,00 por hectare. Mas ele acredita que o produto é uma alternativa eficaz no combate à praga. Ele já fez o cadastro solicitando a compra do produto.
O engenheiro agrônomo da Cooperativa dos Produtores do Oeste da Bahia (Cooproeste) Frederico José da Silva é o responsável pela compra de insumos. Ele afirma que está difícil conseguir o produto na região de Luís Eduardo Magalhães. A Cooproeste não deve comercializar o benzoato.
Conhecemos a lavoura do produtor Marcos Ponga, onde a soja já emergiu e não precisou de aplicações até o momento. Ele não planta a cultivar Intacta, que tem resistência à lagarta, mas acredita que as sementes tratadas com inseticida estão conseguindo conter a praga. Ele não pretende usar o benzoato de emamectina.
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