• Clima desfavorável faz analistas reduzirem previsões da safra brasileira de soja
Ao contrário dos 90 milhões de toneladas de grãos previstos no início de fevereiro pela entidade, a estimativa atual aponta que o Brasil deverá colher 88,5 milhões de toneladas, enquanto os Estados Unidos deverão colher 89,5 milhões de toneladas. A Aprosoja Brasil estima que a perda das lavouras em função do clima chegue a 10% da produção.
O sojicultor João Correa, do sul de Goiás, teme perder toda sua produção de 1,4 mil hectares. A soja deveria ter começado a ser colhida há vinte dias. Para ele, o prejuízo já chega a R$ 1,6 mil por hectare.
– Pode haver perda total porque com o grão e a palha molhados e a chuva não se colhe. A gente perde pelo mato que aparece, pelo efeito sanfona, por a colheitadeira jogar fora a palha e o grão úmido, pelo armazém, que tem descontos excessivos. A coisa é feia – lamenta o agricultor.
A situação se repete nas principais regiões produtoras do país. No Paraná, a perda já é de 12%, com 2 milhões de toneladas a menos
– Esse ano foi um ano difícil. Alguns Estados como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul sofreram com período muito longo sem chuva. As perdas estão sendo contabilizadas em Mato Grosso. Em Mato Grosso do Sul começou a chover muito na colheita. O clima prejudicou com a queda de produtividade no campo e com a qualidade dos grãos que os produtores colheram, o que significa queda de renda – afirma o diretor-executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa.
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