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Com crescimento de 15% ao ano no país, floricultura ganha força no Rio Grande do Sul

Estado é o segundo maior consumidor do país, perdendo para São PauloA cultura de espécies ornamentais trouxe lucro e transformou a vida de produtores de flores em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul. Além de rosas e gérberas, mais tradicionais, duas famílias escolheram a alstroemeria, uma espécie nativa sul-americana que foi melhorada geneticamente e patenteada na Holanda. Num mercado restrito, conseguiram destaque e já lideram a produção no Estado.

Pós-graduada em matemática, Flávia Malacarne abandonou a profissão para ingressar na área de floricultura, depois de participar de um curso promovido por uma associação local de produção de flores. Ela iniciou a atividade com rosas e, neste ano, uniu-se a outra produtora, que trabalhava com gérberas. O trabalho deu tão certo que o grupo resolveu investir também na alstroemeria, conhecida como lírio dos incas.

A variedade holandesa, usada para corte, e vendida principalmente para floriculturas e em grande quantidade para eventos como casamentos e festas, é considerada uma flor nobre. De produção restrita, a espécie exige o pagamento de royalties de 1,25 euros por muda. Anualmente, o laboratório Könst faz inspeção nos locais credenciados para produção, em número restrito. São 19 no Brasil e apenas quatro no Rio Grande do Sul. No Estado, Flávia já é a maior produtora da alstroemeria e planeja a ampliação das estufas para um hectare.

Todas as semanas, mil dúzias de maços de flores de corte deixam a propriedade para venda em Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo e Chapecó (SC). Cada maço é vendido por R$ 8, um lucro muito superior ao alcançado com o cultivo de grãos, atividade herdada pelo marido de Flávia, Marcos Rossarola.

Com dedicação integral à atividade, Marcos também desistiu do emprego de 11 anos numa indústria de Erechim e retornou ao campo.

O resultado alcançado pelos produtores do município segue os números do cultivo no Brasil. Com crescimento de 15% ao ano no país, a floricultura tem se espalhado por várias regiões do Estado, conquistando novos produtores. Segundo a Associação Riograndense de Floricultura (Aflori) o número de produtores saltou de 270 em 1999 para cerca de 600.

– A atividade é economicamente muito boa. Com apenas um hectare, 10 mil metros quadrados, se consegue gerar renda de até R$ 10 mil – salienta o presidente da Aflori, Yuuki Ban.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior consumidor do país, perdendo para São Paulo. A média é de U$ 20 anuais gastos por pessoa no Estado com flores. Apesar de ser grande consumidor, 70% das flores compradas pelos gaúchos vêm de outros estados, o que, para Ban, aponta potencial de crescimento na atividade.

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