O índice divulgado nesta terça é o menor para um trimestre desde os três primeiros meses de 2009, quando atingiu variação negativa de 1,9%.
O destaque deste trimestre, segundo o IBGE, foi para agropecuária, com aumento de 3,2% no volume do valor adicionado. Indústria e serviços tiveram variações negativas de -0,9% e -0,3%, respectivamente.
No acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2011 (12 meses), o crescimento foi de 3,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No acumulado em 2011 até setembro, o PIB apresentou uma expansão de 3,2%. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,05 trilhão.
Ministro
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que a economia ficou estável no terceiro trimestre deste ano.
– Portanto, não cresceu. Foi zero nesse trimestre, mostrando que a economia se desacelerou mais exatamente nesse período – disse.
Mantega destacou que contribuiu positivamente para esse resultado o PIB do setor agropecuário.
– O agronegócio foi o que mais cresceu. [O dado] anualizado significa mais de 10% [de crescimento] – comentou.
Por outro lado, ele disse que o setor industrial foi o que apresentou o pior resultado no período.
– Isso mostra que a indústria é o setor mais afetado pela crise internacional e a desaceleração econômica – considerou.
PIB 2010
O IBGE revisou o PIB da indústria em 2010, de um alta de 10,1% para uma expansão de 10,4%. O PIB da agropecuária foi revisado de 6,5% para 6,3%. Já o PIB de serviços foi revisado de 5,4% para 5,5%.
A despesa de consumo das famílias, por sua vez, foi alterada de 7,0% para 6,9% em 2010, enquanto o consumo do governo passou de 3,3% para 4,2%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi revisada de 21,8% para 21,3%. As exportações se mantiveram em 11,5%, mas as importações foram revisadas de 36,2% para 35,8%.