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No litoral norte gaúcho, o trabalho está a todo vapor nas lavouras de arroz. Na região, foram plantados ao todo 22 mil hectares. Até agora, 35% foi colhido.
Na propriedade do produtor rural Eduardo Maciel, localizada no município, as máquinas não param de trabalhar e a tecnologia é uma aliada na hora da colheita. O agricultor plantou 800 hectares e espera uma produtividade em torno de 8 mil quilos por hectare.
– Hoje nós temos colheitadeiras, plantadeiras com alta tecnologia. Elas geram mais lucro para o produtor – afirma Maciel.
Há três anos, ele faz integração de culturas e cultiva 700 hectares de soja. A integração ajuda a melhorar a qualidade do arroz e o produtor consegue preços melhores pela saca.
– No ano passado, tivemos alternância de preços, mas conseguirmos fechar em R$ 38. Este ano acredito que vamos ter preços melhores, porque a área de soja também aumentou – relata.
O Rio Grande do Sul está com um terço da área (1,115 milhão de hectares) colhida. A produtividade média é de 8 mil quilos por hectare, mas a tendência é de que ela caia em todas as regiões, por causa do plantio que foi mais tarde do que o previsto este ano.
Segundo o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, não há atrasos e os preços estão estabilizados.
– Estamos com 30% da área colhida. E o preço não caiu, claro que recuou um pouco, mas não de forma significativa. Em poucos meses, devemos ver uma recuperação dos preços – acredita Pereira.
A recuperação de preços, segundo o presidente do Irga, está relacionada aos benefícios que a cultura da soja vem promovendo às lavouras gaúchas.
– Temos verificado, ano a ano, os efeitos da cultura da soja. A oleaginosa tem permitido aos produtores de arroz barganhar mais – relata Pereira.