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Com exportações em alta, produtores de algodão comemoram bons preços do produto

Vendas em março aumentaram 533% na comparação com o mesmo período de 2011As exportações de algodão fecharam o mês de março com forte alta, tanto em volume quanto em receita. Segundo dados do governo federal, o Brasil exportou 64 mil toneladas do produto no mês, uma alta de 533,66% na comparação com o mesmo período de 2011. Em receita o país faturou US$ 122,8 milhões, crescimento de 630,95%.

Com a forte demanda no mercado externo, os produtores comemoram os bons preços, que estão em torno de US$ 0,90 por libra peso.

— As exportações de algodão de fato trouxeram um resultado bastante positivo para balança comercial do Brasil. As exportações cresceram mais de 600% neste primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O algodão realmente tem um destaque expressivo entre os produtos que compõem a pauta de exportações do Brasil — afirma a secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana dos Prazeres.

O resultado é consequência de um processo iniciado em 2010, provocado principalmente pelos preços valorizados da pluma que bateram recordes no ano passado. Incentivados, os produtores aumentaram a área de plantio, colhendo mais a cada ano. Em 2010 a safra foi de 1,4 milhão de toneladas. Já em 2011, saltou para 1,8 mil toneladas. A expectativa para 2012 é atingir a marca de dois milhões de toneladas.

— Os estoques mundiais estão crescendo. Por outro lado, em função dos preços altos, a indústria acabou transferindo parte da indústria de algodão para sintético. Então fez com que diminuísse o consumo. Então, nós estamos gerando estoques de passagem altos nos últimos dois anos. O consumo interno, em torno de 800 mil toneladas, faz com que os excedentes tenham que encontrar um destino. Com isso, nossa exportação tem crescido — afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antonio Aluisio.

Em 2011 o Brasil exportou quase 500 mil toneladas da pluma. A expectativa é dobrar o número até o fim de 2012, podendo superar tradicionais exportadores como a Austrália. Se a situação para o produtor é boa, não se pode dizer o mesmo da indústria.

— A indústria têxtil, além de ter sofrido com os altos preços do algodão, ela sofre com a concorrência do produto importado. A indústria têxtil que fabrica fio recebe a concorrência dos acabados e o Brasil é um grande importador de produtos acabados. Não conseguimos competir em função do câmbio, custo Brasil, entre outros. O consumo não está crescendo na mesma proporção que a produção — afirma Aluisio.

Para Andrew Macdonald, consultor da Organização Mundial do Comércio (OMC), quem ainda não negociou o algodão não deve perder tempo. Segundo ele, a oferta elevada vai baixar os preços no segundo semestre.

— Com certeza vai baixar, o único porém é a China, que ajudou a manter o mercado durante toda expectativa de aumento, comprando, repondo estoques. Agora eles têm um estoque grande e é pouco provável que continuem comprando — diz Macdonald.

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