Apenas com o que comprar da empresa, o novo competidor já será o segundo maior em 14 mercados, como lasanha, salsicha, hambúrguer e outros. Em alguns, terá mais de 20% das vendas.
? Criamos a vice-líder. Construímos um player de porte que já resolve em parte o problema (de ameaça à concorrência) ? afirmou o conselheiro Ricardo Ruiz, responsável pela negociação do acordo.
A solução encontrada por Ruiz foi seguida por outros três conselheiros, que votaram a favor do acordo. O conselheiro Carlos Ragazzo, relator do processo, criticou e votou contra a decisão.
? (A suspensão da marca) pode ou não dar certo, vamos saber disso daqui a cinco anos. Toda a análise indica que não vai dar certo. Suspensa a Perdigão, os consumidores vão se deslocar para a marca Sadia ? afirmou.
A venda dos ativos da BRF ocorrerá apenas em 2012
O vice-presidente de assuntos corporativos da Brasil Foods, Wilson Mello, afirmou nessa quarta, dia 13, após a sessão, que os pontos acordados foram o remédio adequado para atender às preocupações do Cade. Para ele, o acerto foi a solução negociada que a empresa quis e preserva a essência da fusão, além de garantir condições de operar no que a companhia sempre atuou. A venda dos ativos da Brasil Foods ocorrerá só em 2012, e a empresa repassará suas marcas para “quem pagar mais”.
? A minha obrigação com os acionistas é vender para quem pagar mais. Estamos criando mais um concorrente e somos uma empresa acostumada a competir ? afirmou o presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay.
As especulações agora se voltam para os possíveis compradores dos ativos. Analistas afirmam que a candidata natural à aquisição da cadeia que será colocada à venda é a Marfrig, dona da marca Seara ? principal rival da BRF atualmente no mercado interno.
Saiba mais o que está previsto no acordo aprovado pelo Cade