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Com incertezas sobre o clima nesta safra, sojicultor aposta no seguro rural

As chuvas ainda não vieram, a semeadura atrasou e a perspectiva ruim sobre o andamento da safra está assustando alguns produtores

Henrique Biguetti, de Uberaba (MG)
A chuva chegou a região do Triângulo Mineiro. Mas, não o suficiente para os produtores de soja iníciarem a semeadura. Prevendo que talvez o clima não seja um grande aliado nessa safra, muitos agricultores estão contratando o seguro agrícola.

A região ficou mais de quatro meses sem receber uma gota de água neste ano e mesmo com a volta das chuvas, a situação preocupa os produtores de soja que estão se preparando para o plantio do grão, já que o déficit hídrico no solo pode atrasar os trabalhos nas lavouras.

“A caixa do índice pluviométrico que temos está muito baixa. No ano passado, nesta mesma época, já tinha chovido mais. Estamos esperando chuvas mais regulares para a primeira quinzena de outubro, ai sim poderemos iniciar a semeadura”, diz o produtor Thomaz Mendes.

Segundo o presidente da comissão de grãos da Federação de Agricultura de Minas Gerais, Rodrigo Herval, os trabalhos em praticamente todas as lavouras estão atrasados. “Ano passado começamos o plantio entre 15 e 20 de setembro. Esse ano, até agora, não há plantio, estamos esperando. As condições climáticas não favorecem o início da semeadura”, conta Herval.

Segundo o presidente, até mesmo em áreas irrigadas a situação é delicada. “Quem faz irrigação, precisa de reservatórios de água também. Porque quem depende de cursos de água, em tempos de seca, não consegue fazer ou tem limitações na irrigação”, explica Herval.

Mesmo em áreas irrigadas a umidade do solo pode ficar abaixo do ideal para a semeadura, por isso o consultor técnico, Luciano Ferreira, explica a condição ideal para a germinação das sementes. “O ideal é algo entre 70 a 100 milímetros de chuva para que tenha uma caixa de umidade no solo para o plantio da semente com umidade satisfatória para germinação.  Além disso, esta quantidade de umidade ajudará quando a planta sair do solo já que poderá esperar mais alguns dias para que venha mais chuvas e a planta continue se desenvolvendo”, conta.

Enquanto a chuva não vem e a perspectiva ainda é obscura, o produtor Mendes não teve dúvida e vai fazer a contratação do seguro agrícola. O serviço aumentará o custo de produção em duas sacas por hectare, mesmo assim, o produtor acredita que o investimento vale a pena. “Vamos fazer o seguro básico que cobre até 80% da produtividade para conseguir pagar os custos e não ficar devendo ao mercado. Se acontecer alguma coisa por causa do clima, usaremos o dinheiro do seguro para pelo menos fechar as contas”, garante ele.

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