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Com investimentos na cana-de-açúcar, Angola espera reduzir dependência das importações

Primeira unidade produtora do país africano iniciou operações neste anoAngola deve importar em 2014, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), 225 mil toneladas de açúcar. Esse cenário começa a mudar com a primeira unidade produtora de cana-de-açúcar do país, que está em funcionamento desde julho na cidade de Cacuso, província de Malanje. A Biocom, Companhia de Bionergia de Angola, também deve gerar energia elétrica para mais de 300 mil pessoas e produzir etanol para abastecer o mercado local.

Em Cacuso, a usina transformou o cenário, trazendo esperança de desenvolvimento para a região, ainda rodeada de vilarejos muito pobres. A unidade da Biocom recebeu investimento de US$ 750 milhões, sendo que quase todo maquinário da indústria é de fabricação brasileira. 

– A tecnologia é 98% brasileira. Todos os equipamentos vieram do Brasil, somente as centrífugas de açúcar são suecas – explica o diretor industrial da Biocom, Eliandro Romani.

A primeira produção a entrar em funcionamento foi a de energia elétrica, através da queima do bagaço da cana e de resíduos de madeira, que garante a autossuficiência de energia da usina, e já está sendo comercializada para abastecer a região. Segundo dados do governo de Angola, apenas um terço da população do país tem energia elétrica em casa.

– Já estamos exportando na média de 18 megawatts por hora, abastecendo as cidades de Cacuso e Malanje. Nesta safra devemos exportar 120 giga de energia elétrica. Na maturidade, devemos abastecer uma cidade de 335 mil habitantes – explica Romani.

Ainda em 2014 devem sair da usina recém inaugurada 18 mil toneladas de açúcar, do tipo cristal. Até 2019, serão 256 mil toneladas por ano, produção que deve abastecer 70% do mercado nacional, que hoje importa todo o açúcar que consome de países como Brasil, África do Sul e Portugal. O produto deve ser destinado à indústria alimentícia, redes de supermercados e até mesmo ao comércio informal.

Segundo o diretor da Biocom, Carlos Henrique Mathias, o grupo também está de olho no mercado internacional.

– Há uma previsão de duplicação de produção. Essa duplicação não só atenderia toda a demanda de Angola, como o país passaria a ser um exportador importante dentro do continente africano – avalia.

Já o etanol deve começar a ser processado até o final do ano. A usina deve ser inaugurada oficialmente na segunda quinzena de outubro, com um total de 2 mil funcionários e 94% da mão de obra angolana.

Fechamos uma parceria com o Senai, no Brasil, que ficou sete meses formando e capacitando 350 angolanos para atuarem na indústria como torneiros, mecânicos, eletricistas, operadores industriais. A Biocom é um marco para o país. A questão da formação é algo novo, que as pessoas daqui não conheciam. Todo o trabalho é feito junto com os angolanos para que eles possam cada vez mais assumir posições de liderança dentro da nossa empresa _ afirma o diretor de Sustentabilidade e Pessoas, Fernando Koch.

Foi o que aconteceu com João Bernardo Passi dos Santos, ex-combatente da guerra, que hoje trabalha no recrutamento de pessoas.

– Hoje nós já somos capazes de produzir o nosso alimento. A Biocom é um exemplo dessa renovação de Angola. Nós temos hoje um país novo, um país próspero, um país que sai de cinzas pra uma esperança

* A repórter viajou a convite da Odebrecht

Assista o vídeo:

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*O Canal Rural viajou a convite da Odebrecht

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