Com novo equipamento, Emater vai monitorar ferrugem da soja

Iniciativa tem a finalidade de evitar tratamentos preventivos contra a doença e diminuir pela metade o volume de fungicidas aplicados sobre as plantações do Paraná

Mais um passo foi dado no Paraná para monitorar uma das piores doenças que afetam a cultura da soja, a ferrugem asiática. O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) vai instalar, até o final de novembro, em lavouras da região norte e noroeste do Paraná cerca de 40 equipamentos para identificar a entrada do fungo causador da ferrugem da soja. Medida pode gerar uma economia de até R$ 300 por hectare.

Estes equipamentos têm a capacidade de coletar os esporos do fungo causador da doença e, com isso, gerar informação de alerta aos produtores e técnicos das regiões. Segundo o engenheiro agrônomo Ildefonso José Haas, da Emater em Londrina, para tentar evitar a doença muitos produtores realizam tratamentos preventivos com fungicidas, mesmo sem saber se existe ou não a doença instalada. “esta iniciativa visa reduzir este gastos desnecessário, que pode render uma economia de até R$ 300 por hectare”, conta Hass. “Se na região do sojicultor tem estes coletores e eles não identificaram a presença de esporos do fungo causador da ferrugem, então não é preciso esta pulverização.”

Inscrições para o Fórum Soja Brasil Goiás:
increva-se-ja

Em média o produtor paranaense acaba optando por fazer até três aplicações com fungicidas para combater a ferrugem, com esta tecnologia, aliada ao monitoramento constante é possível reduzir pela metade a quantidade de produto gasto. Para Hass, além deste benefício direto, as áreas que recebem os coletores servirão para reunir os produtores da região em torno desta discussão. “Nós consideramos essas unidades como referência e elas ajudam a gerar dados que subsidiam todo o trabalho dos nossos extensionistas realizado junto aos demais sojicultores do município ou região”, garante ele.

Para decidir sobre o tratamento ou não das plantações, os técnicos da Emater levarão em conta, não só as informações dos coletores de esporos, mas a situação de saúde da lavoura e as condições do clima. Com tempo mais seco, a doença se propaga menos e com isso menos aplicações de fungicidas seriam necessárias.

Veja mais notícias sobre soja