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Com pico de safra, preço médio da lima ácida tahiti cai 45% em fevereiro

Devido à desvalorização, produtores buscam canais alternativos para o escoamentoA safra de lima ácida tahiti no Estado de São Paulo entrou em pico de colheita em fevereiro. Com isso, as cotações da fruta têm recuado expressivamente. No mês passado, a média da caixa de 27 quilos (colhida, sem frete) destinada ao mercado in natura foi de R$ 4,42, quase 45% abaixo do verificado em janeiro de 2013 e pouco acima dos R$ 4,22 por caixa de fevereiro do ano passado, segundo levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

A oferta da lima ácida aumentou efetivamente na segunda quinzena de fevereiro e deve começar a se reduzir apenas no final de março. Com isso, os preços se enfraquecem e produtores buscam canais alternativos para o escoamento.

Pesquisadores do Cepea explicam que, paralelamente ao mercado de consumo in natura, produtores podem optar pela venda à indústria, que iniciou o processamento de tahiti no começo de fevereiro. Por enquanto, contudo, apenas uma empresa tem comprado a fruta. Trata-se de uma fábrica que tradicionalmente aproveita o período de maior oferta para produzir suco e outros derivados da lima ácida e está estrategicamente localizada em Matão – próximo ao polo produtor de Itajobi.

No início de fevereiro, essa indústria pagava R$ 5,50 pela caixa de 40,8 kg, já entregue (frete pago pelo produtor). Desde a semana do Carnaval, no entanto, com o objetivo de estimular as entregas, essa indústria tem adquirido a tahiti por R$ 6,00 por caixa.

Pesquisadores do Cepea relatam que, com esse ligeiro aumento no preço e também levando em consideração que o mercado de mesa não consegue absorver todo o volume colhido, o interesse por escoar as frutas para esta indústria cresceu. Chega a haver filas para o descarregamento no portão da processadora – há relatos de permanência de até dois dias.

No entanto, ainda de acordo com o Cepea, comparativamente aos valores recebidos na venda ao mercado de mesa, os preços pagos pela indústria são considerados pouco atrativos por produtores. Isso porque a média de R$ 6,00 se refere à caixa de 40,8 kg, e não de 27 kg, como negociado no mercado in natura. Além disso, no mercado de mesa, os cerca de R$ 4,00 por caixa de 27 kg oferecidos correspondem à fruta colhida, no barracão, enquanto que, para a indústria, o produtor ainda precisa arcar com o frete até a unidade de processamento.

Alguns produtores consultados pelo Cepea tentam recorrer à indústria também para entregar frutas de baixa qualidade. No entanto, o comentário é que a processadora tem aumentado as exigências quanto ao padrão da lima ácida e, em caso de qualidade e calibre não satisfatórios, rejeita a carga.

Mercado Externo
Segundo os pesquisadores, outro mercado que atrai produtores paulistas nesta época do ano é o externo. Alguns barracões especializados no mercado internacional, além de terem produção própria, também adquirem a fruta de produtores que conseguem manter o padrão de qualidade exigido. De acordo com levantamentos do Cepea, o produtor que vendia para esses exportadores recebeu R$ 10,00 por caixa de 27 kg na última semana.

Em janeiro, as exportações de limões e limas totalizaram 8,6 mil toneladas, volume 27,4% superior ao do mesmo mês de 2012, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em receita, os envios de janeiro somaram US$ 7,6 milhões, 29% a mais que em janeiro/12. Para os próximos meses, exportadores também se mantêm otimistas. A União Europeia é o principal destino da fruta brasileira, absorvendo cerca de 90% do total vendido pelo Brasil.

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