O ministro brasileiro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome abriu o encontro falando sobre os resultados de programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família.
? O percentual de nossa população em situação de pobreza, passou de 28,03% em 2003 para 18,11% em 2007 ? informou Patrus Ananias.
A crise financeira internacional ganhou destaque no encontro ministerial. Ananias disse que o momento é de fortalecer os programas sociais como forma de amenizar os impactos da crise no país. Mas, ao contrário do que o governo tem afirmado, o ministro admitiu que projetos sociais podem sofrer cortes.
? A crise pode ser um fator inibidor. Eu acho que retrocesso não haverá. Mas é importante também que estejamos atentos para continuar ampliando e investimento mais e melhor para que possamos ter uma sociedade mais justa.
O governo do Chile anunciou que a crise financeira foi um motivo para aumentar os gastos com a área social. No próximo ano devem ser investidos 9% do Produto Interno Bruto (PIB) chileno, o equivalente a US$ 8,3 bilhões. A previsão inicial era de injetar menos: cerca de US$ 7 bilhões.
Para o embaixador do Chile no Brasil, Álvaro Diaz, os países sul-americanos precisam se unir e apoiar a retomada das negociações da Rodada de Doha. Segundo ele, só assim vai ser possível amenizar os impactos da turbulência financeira.
? Os processos de negociação são difíceis, mas ao mesmo tempo, como já teve em 1994 um acordo, achamos que é possível construir outro acordo multilateral e estamos apoiando o esforço do Brasil neste momento ? afirmou Diaz.