Combustíveis puxam desaceleração do IPCA-15, diz IBGE

Litro da gasolina caiu 2,12% sendo a principal contribuição para baixa no índiceOs combustíveis registraram deflação de 3,08% em abril e foram os principais responsáveis pela desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) no mês (0,48%) em relação a março (0,55%). O litro de gasolina caiu 2,12%, sendo que esse item representou, individualmente, a principal contribuição para baixo no IPCA-15, de -0,09%.

Outra contribuição importante para a desaceleração do índice foi dada pelo etanol, com queda de 13,64% e contribuição de -0,06% no índice geral. Os combustíveis como um todo contribuíram com -0,15% na taxa de abril.

Alimentos

Os produtos alimentícios prosseguiram na trajetória de aceleração dos reajustes em abril e subiram 1,71% no IPCA-15 do mês, ante 1,22% em março. No ano, segundo o IPCA-15, os alimentos já acumulam alta de 4,79%. Em abril, o leite pasteurizado subiu 9,63%, variação acima de março (5,27%) e ficou com a maior contribuição individual para o IPCA-15 no mês, de 0,09%, mesmo impacto dado pelo tomate, que subiu 36,81%, acima da variação de 26,50% em março. No ano, o tomate já acumula alta de 62,96%.

Outros alimentos “também mostraram forte aceleração de preços”, segundo o documento de divulgação da pesquisa, como o feijão carioca (de -1,87% em março para 30,10% em abril) e a batata inglesa (de 6,21% para 12,24%). Já os não alimentícios mostraram perda de ritmo nos reajustes. Com o impacto para baixo nos preços dos combustíveis, o grupo dos não alimentícios registrou uma variação de 0,12% em abril, ante 0,35% em março.

Mas os técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam no documento de divulgação da pesquisa que, ainda que tenha havido desaceleração de um mês pro outro, “foi verificada alta nos preços de itens importantes no orçamento das famílias, como os salários pagos aos empregados domésticos (de 1,81% em março para 1,60% em abril), que continuam com reflexos do reajuste anual do salário mínimo; os artigos de vestuário (de 0,08% para 1,08%), tendo em vista o final das promoções e entrada da nova coleção no mercado; e os remédios (de -0,15% para 0,70%), cujos preços subiram em consequência do reajuste ocorrido a partir do dia 31 de março”.