? A ExpoLondrina é uma oportunidade para mostrar o potencial da agropecuária paranaense. Nosso estado é referência nacional, mas os produtores ainda enfrentam muitos gargalos do lado de fora da porteira. Nosso desafio é garantir a produção de qualidade e a rentabilidade do setor. A feira é também um momento para discutir estas questões ? destacou o governador do Paraná, Beto Richa, durante a solenidade de abertura da feira.
Abertura
A feira de Londrina começou em grande estilo, com um desfile de cavalos mangalarga. A raça tem agora uma sede dentro do parque de exposições. Com o tema “O Show de quem Produz”, o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Andrade Lopes, destacou o potencial produtivo do Estado que a feira revela. Mas alertou que só a união da classe produtiva pode consolidar a força do setor e garantir mudanças.
? Toda vez que a ação é legitimamente resultado dessa união e da discussão em conjunto, nós vemos que os resultados são extraordinários, e às vezes até surpreendentes. Vamos tornar isso uma coisa comum no Estado, mas para isso é preciso exercitar uma das coisas mais difíceis que é sentar e unir as diferenças ? afirma o presidente.
Código regional
Entre as análises sobre o crescimento da agropecuária no Paraná, a criação de um Código Florestal próprio está aquecendo o setor. Tanto que o assunto também foi abordado durante a abertura da Expolondrina. Para o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, a votação do novo Código está dependente dos rumos políticos do país. Por isso, aposta em uma legislação individual.
? Nós queremos uma lei federal. Está lá o relatório do deputado Aldo Rebelo, que não atende 100% por cento das necessidades do campo, mas atende a maioria das necessidades. Como a gente está sentindo que não está avançando muito, nós queremos fazer um movimento para que nós criemos um código estadual ? explica o presidente da Faep.
O governador Beto Richa disse que está aberto para discutir uma lei paranaense, mas acredita que é melhor para o Estado que as mudanças sejam aprovadas na nova lei nacional. No entanto, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, acrescentou que o Paraná pode ter algumas vantagens com uma norma específica.
? Eu prefiro apostar na indicação técnica: observar o tipo de solo, o tipo de vegetação, a declividade de cada propriedade, para fazer a recomendação mais adequada de preservação em cada um desses cursos d’água. Mas, se for inevitável vamos ter que arbitrar a metragem, que é simplificadora do entendimento técnico ? argumenta o secretário.
Quanto à reestruturação das barreiras sanitárias, o secretário admite que o concurso liberado pelo governador para contratar 560 profissionais resolve só uma parte do problema. Segundo ele, o Paraná fez uma proposta de parceira para unificar as barreiras aos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. O custo é alto para que o Paraná sozinho faça todas as mudanças necessárias. E o recurso ainda não existe.
? Nós temos unidades precisando trocar de lugar na faixa de rodovia. É um investimento mais pesado. Imagino que nós tenhamos que gastar pelo menos R$ 500 mil reais por baixo, por baixo, para fazer minimamente a equipagem desses postos e barreiras. Recursos que são escassos. Mas, com muita argumentação e sensibilidade do governo, vamos ter que dar conta de fazer ? disse o secretário.