Em Minas Gerais, 1,6 mil famílias em situação de miséria extrema serão atendidas. Para garantir o acesso dessas famílias às políticas públicas direcionadas à agricultura familiar, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) selecionou equipes de assistência técnica para monitorar a produção e a renda para promover a estruturação produtiva e social das unidades familiares. Na primeira fase serão atendidas 10 mil famílias dos Territórios da Cidadania Serra Geral (MG), Velho Chico (BA) e Irecê (BA). As sementes também já começaram a ser distribuídas na Bahia.
O trabalho de assistência técnica, que começou em setembro, tem foco na inclusão produtiva e prevê a estruturação da produção para autoconsumo e comercialização do excedente para mercados privados ou públicos, como os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE). Além disso, haverá o mapeamento das carências, como documentação, acesso a benefícios sociais, alfabetização, casa, água, luz e estrada ? e o encaminhamento das demandas aos órgãos responsáveis na estrutura administrativa local. O objetivo é garantir o acesso das famílias às demais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Para isso, os agricultores e agricultoras receberão uma assistência técnica diferenciada durante 17 meses.
Cada família receberá 10 quilos de sementes de milho, 5 quilos de feijão e um kit de hortaliças (alface, cebolinha, cenoura, coentro, couve, pepino, quiabo, repolho e tomate), além de material orientador. As variedades foram testadas e indicadas pela Embrapa por pela produtividade, resistência ou tolerância a doenças e pragas e adaptação às condições de solo e clima da região.
Para apoio à produção de alimentos e à comercialização da produção, cada família vai receber também um valor não reembolsável de R$ 2,4 mil, em três parcelas durante dois anos, para adquirir insumos e equipamentos.