Apesar de o percentual estar levemente à frente do da safra passada, a participação sobre a área da soja já colhida está menor neste ano. Atualmente cerca de 7% da área colhida foi semeada com milho, contra 9% no ano passado. Isso porque muitos produtores estão preferindo focar na semeadura do algodão, e como a expectativa é de uma safra menor do milho neste ano, estão postergando o ritmo mais avançado da semeadura do milho para as próximas semanas.
De acordo com o Imea, as expectativas de chuvas abaixo da média para fevereiro e março podem reduzir impactos negativos sobre a colheita da soja e semeadura do milho. A preocupação maior é com relação aos baixos volumes de chuvas esperados para a fase de desenvolvimento de grande parte das lavouras, em abril e maio, podendo impactar na produtividade desta temporada.
Expectativa
O relatório de janeiro da USDA para safra 2014/2015 apresentou dados levemente positivos por trazer pequena queda na expectativa de produção de milho no mundo, devido, sobretudo, ao corte na estimativa da produção norte-americana em 4,87 milhões de toneladas.
Neste cenário o USDA reportou 3,05 milhões de toneladas dos estoques finais de milho para a safra 2014/2015. E com o consumo diminuindo em menor proporção, foi verificado que a relação estoque/consumo caiu 0,3 p.p. em relação ao relatório anterior, ficando em 19,52%. Esses reajustes podem estimular recuperação nas cotações do milho na CBOT no curto prazo.
A perspectiva de lucros maiores em outros mercados afastou investidores na última semana, derrubando as cotações do milho em Chicago. Com a produção de milho nos EUA ainda recorde e com os estoques finais para o mundo ainda volumosos, a tendência baixista no longo prazo é mantida.