O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento participará do evento juntamente com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).
O estande brasileiro está aberto para empresas do setor de carnes bovina e suína interessadas em acessar o mercado exterior. Os estabelecimentos também estarão disponíveis para a exposição de suas mercadorias para degustação.
Para consolidar o resultado da missão presidencial à China, o Ministério da Agricultura vai priorizar o setor de carnes. Durante a visita da presidenta Dilma Rousseff, nesta semana, o Brasil conquistou o acesso ao mercado de carne suína, além de investimentos naquele país para a carne bovina.
Na ocasião, foram habilitados três frigoríficos de carne suína e, segundo o diretor do departamento de Promoção Internacional do Agronegócio da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério, Marcelo Junqueira, a expectativa é habilitar mais 10 estabelecimentos do país para o mercado chinês, nos próximos meses.
Feira Sial China
O evento Salon International de l’Agroalimentaire (Sial), começou em 1964, na França. Na primeira edição, o Salão Internacional da Alimentação teve grande sucesso e a feira se expandiu para outras regiões, como América Latina, América do Norte, Oriente Médio e Ásia.
Na China, o evento é realizado anualmente e esta é a 11ª edição. Em 2010, o Sial recebeu, ao todo, 1.339 exibidores e 29 mil visitantes. Para 2011, a perspectiva é aumentar os números para 1.500 participantes e 35 mil visitantes de 80 países.
A ideia é reunir fabricantes nacionais e internacionais de produtos alimentícios e vinhos para desenvolver negócios entre os países e promover as suas mercadorias em todo o mundo e no maior mercado em crescimento.
Comércio bilateral
Desde 2008, a China é o principal comprador de produtos agropecuários brasileiros. O país compra do Brasil mais do dobro que o segundo colocado no ranking, os Países Baixos. Outro dado importante é o crescimento de 214%, nos últimos três anos, das exportações brasileiras de produtos agropecuários para a China, que passaram de US$ 3,5 bilhões em 2007 para US$ 11 bilhões em 2010.
O complexo soja (óleo, grão e farelo) lidera as compras chinesas, com US$ 7,9 bilhões ou 20 milhões de toneladas. Dos três subprodutos, o grão representa a maior parcela das importações: US$ 7,1 bilhões. O Brasil também exporta para a China produtos florestais (madeira, cortiça, celulose e subprodutos) totalizando US$ 1,28 bilhão.
O valor total das exportações do complexo sucroalcooleiro, que compreende açúcar e etanol, é de US$ 514,77 milhões, sendo US$ 514,76 milhões referentes à importação de açúcar. A China também importa carne bovina e de frango do Brasil. No ano passado, as importações do produto chegaram a US$ 225,6 milhões, dos quais US$ 219,6 milhões referem-se à importação de carne de frango.