Índice é superior aos 33% registrados em igual período do ano passado e em linha com os 49% da média de cinco anos
Apesar do início da colheita em algumas regiões, a comercialização da safra 2015/16 de soja avançou só dois pontos percentuais em janeiro, chegando a 50% da produção esperada no Brasil, apontou a AgRural. Ainda assim, o índice é superior aos 33% registrados em igual período do ano passado e em linha com os 49% da média de cinco anos.
Conforme a consultoria, os preços médios subiram em relação a dezembro, sustentados pelo dólar acima de R$ 4,00. “Mas, com as cotações sem direção na Bolsa de Chicago e o tempo chuvoso atrapalhando a colheita e alimentando o receio quanto ao cumprimento de contratos, a maioria dos produtores preferiu esperar para vender”, disse a AgRural. A exceção foram os produtores que conseguiram colher em janeiro e puderam aproveitar os preços mais altos do fim da entressafra no mercado disponível.
No Centro-Oeste, 58% da soja está vendida, contra 41% há um ano, segundo a consultoria. Em Sinop (MT), a saca entregue em janeiro com pagamento em março saiu por R$ 69,00. Em Mato Grosso do Sul, a soja para entrega em janeiro e pagamento em 24 de março rodou por R$ 70,00 livre ao produtor em Maracaju. Em Rio Verde (GO), a soja recém-colhida chegou a sair por R$ 75,00/saca.
No Sul, as vendas evoluíram apenas dois pontos no mês, mas os 36% negociados estão bem à frente dos 18% do ano passado, conforme a AgRural. Produtores agora esperam uma reação do mercado para voltar a vender após a colheita. No Sudeste, o índice está em 54%, contra 35% há um ano. Os preços chegaram a R$ 78,00 a saca em Uberlândia (MG) em janeiro. No Norte/Nordeste, as vendas somam 61%. Em igual período do ano passado, a comercialização atingia 46%. Com perdas na soja precoce e os resultados da soja tardia ainda em aberto, poucos se arriscaram a negociar no mês passado.
Com informações de Estadão Conteúdo