O tema foi abordado no III Seminário Internacional do Comércio Justo, realizado nesta quarta, dia 8, no Hotel Villa Oeste, em Mossoró (RN). Cerca de 120 pessoas, entre agricultores familiares, pequenos produtores de frutas e representantes de entidades públicas e privadas participaram do evento. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Sebrae, o Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex) e a Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) são os realizadores do seminário.
? Precisamos fazer com que o mercado nacional se torne comprador dos produtos do comércio justo ? declarou João Hélio Cavalcanti, diretor-técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte.
O nicho de mercado lá fora foi reduzido em decorrência da crise do mercado europeu, que está comprando menos.
Haroldo Mendonça, coordenador geral do Comércio Justo e Solidário do MTE, chamou a atenção para a necessidade das políticas públicas focarem toda a cadeia produtiva e não apenas a produção.
? Temos de olhar para quem produz, comercializa e consome ? alertou.
Ele apresentou o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS), lançado pelo presidente Lula por meio de decreto em novembro passado, que apontou a existência de cerca de 22 mil empreendimentos de CJS no país. O segmento tem potencial para abrigar 30 mil organizações coletivas integradas por pequenos produtores agrícolas, número que equivale a dois milhões de indivíduos.