A cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, é uma das 588 localizadas na faixa de fronteira do país. São os municípios que ficam dentro da área de 150 quilômetros na divisa com os países vizinhos, ao longo de 15 mil quilômetros de extensão.
O município sofre com o abigeato, o furto de gado nas fazendas, e com o contrabando. Segundo o prefeito da cidade, Dudu Colombo, faltam ainda investimentos em infraestrutura.
? A ausência de uma estrada pavimentada que permita fazer o bom intercâmbio comercial, o bom intercâmbio cultural, tão necessário nesta importante rota do Mercosul.
A situação se repete em outras partes do país. Para conter a criminalidade, o governo federal promete dobrar o número de policiais e militares nas fronteiras. Já para as questões econômicas e estruturais, foi criada uma comissão permanente, com a participação de 20 ministérios.
Cada Estado terá um núcleo regional que vai estudar as necessidades dos municípios e definir ações para enfrentar os problemas. Já foram instalados os grupos do Amapá e do Paraná. O próximo é o do Rio Grande do Sul.
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? Você tem que realmente partir da necessidade local, porque às vezes o desenvolvimento local é proporcionado por uma decisão federal, mas ela tem que ter algum tipo de sintonia ? explica o professor de relações internacionais, Rafael Duarte.
Segundo o secretário de políticas regionais do Ministério da Integração, Sérgio Duarte de Castro, a articulação com os países vizinhos será prioridade.
? A governança do governo brasileiro se prende ao Brasil, então os nossos núcleos são nacionais, mas nós vamos estimular os países vizinhos a terem a sua contraparte, também terem seus núcleos, para que esses problemas possam ser tratados e resolvidos conjuntamente.
No controle sanitário, o governo federal já tem acordos de cooperação, principalmente para a erradicação da febre aftosa.
? É importante estreitar as relações técnicas cada vez mais. O Brasil deve fomentar este apoio aos países vizinhos e vice-versa no intuito de que o serviço veterinário de ambos os lados tenham uma harmonização nos seus procedimentos, com vistas de evitar novos surgimentos e introduções de doenças em ambos os lados ? afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.
