O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), critica, por exemplo, o projeto de criação da Petro-Sal, estatal para representar a União nos contratos de exploração, o que capitaliza a Petrobras e o que prevê o regime de partilha, em vez do atual sistema de concessão.
? Como é que nós podemos achar uma transição entre concessão e partilha? Sobre a Petro-Sal, ela vai ser mais uma estatal pela qual a população brasileira vai ter que pagar? Capitalizar a Petrobras em mais R$ 100 bilhões: é isso que a sociedade brasileira deseja, num momento em que nós não temos dinheiro para a saúde? ? questiona.
Já o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), diz que o Palácio do Planalto está aberto ao debate com a oposição, mas está bastante seguro quanto ao modelo de exploração do pré-sal enviado ao Congresso.
? O sistema de partilha garante uma parcela maior que fica como riqueza nacional, e é mais adequado para explorar essas áreas que têm baixíssimo risco exploratório e alta rentabilidade. O governo defende a constituição de uma nova empresa estatal, a Petro-Sal, porque nós precisamos ter uma empresa enxuta – que terá em torno de 150 funcionários de altíssima qualificação – para administrar essa riqueza. Serão bilhões e bilhões de dólares ou de reais com esse petróleo extraído ? ressalta.
Fontana acrescentou que a Petro-Sal também deve regular a velocidade de extração do petróleo. A ideia é adequar o volume extraído à capacidade brasileira de industrializar essa riqueza bruta, para alavancar setores como o petroquímico.