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Commodities não são culpadas pelo desequilíbrio da economia mundial, diz Dilma

Tema deve monopolizar discussões na próxima reunião do G-20As commodities não são as responsáveis pelo desequilíbrio da economia mundial, apesar da alta global dos preços dos alimentos, disse nessa segunda, dia 7, a presidente Dilma Rousseff, durante encontro com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, segundo o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena.

De acordo com Baena, Geithner concordou com a posição da presidente. Na semana passada, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) comunicou que os preços dos alimentos atingiram nível recorde. O tema deve monopolizar as discussões durante a próxima reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias mundiais), este mês, na França.

À frente da presidência do grupo, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defende mecanismos para combater a especulação, que pode provocar a alta dos preços dos alimentos a partir da elevação das commodities agrícolas. O Brasil é um dos principais produtores dessas commodities.

Na reunião com Geithner, Dilma classificou como estratégica a relação entre o Brasil e os Estados Unidos. Porém, cobrou equilíbrio no comércio bilateral que, segunda a presidente, passa pelo aumento da exportação de produtos manufaturados brasileiros para o mercado norte-americano, conforme relato do porta-voz.

Após o encontro com Dilma, Geithner fez uma rápida declaração sobre a reunião. Ele disse que os dois países devem intensificar as relações econômicas e comerciais e também trabalhar em conjunto a favor de um sistema econômico global mais equilibrado e estável. Os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda) também estiveram na reunião no Palácio do Planalto.

A viagem de Geithner ao Brasil faz parte dos preparativos da visita do presidente Barack Obama ao país, em março. É a primeira vez que Geithner vem ao Brasil como chefe do Tesouro dos Estados Unidos, cargo que ocupa desde 2009.

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