Complexo soja impacta negativamente na balança comercial do agronegócio em março

Em relação ao mesmo mês do ano passado, exportação da oleaginosa e derivados registrou queda de 21,8% no volume embarcado e de 11,6% na receitaAs dificuldades de logística para escoamento da safra de grãos e o atraso no início da colheita no Centro-Oeste tiveram reflexo negativo na balança comercial do agronegócio em março. O impacto foi maior em relação ao complexo soja, carro-chefe do setor agropecuário. Em relação a março do ano passado, a exportação de soja e derivados registrou queda de 21,8% no volume embarcado (para 4,290 milhões de toneladas) e de 11,6% na receita (para R$ 2,375 bilhões). Os dados relativos à exportação constam

No total, as exportações do agronegócio em março geraram uma receita de US$ 7,687 bilhões, valor 0,3% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com a retração, em março o superávit comercial do agronegócio foi da ordem de US$ 6,159 bilhões, descontando as importações que somaram US$ 1,528 bilhão. Vale lembrar que, mesmo com o fraco desempenho, o agronegócio respondeu pelo superávit de US$ 164 milhões registrado na balança comercial brasileira em março, já que os demais setores da economia tiveram saldo negativo de US$ 5,995 bilhões.

No complexo soja, as quedas foram generalizadas. As exportações de grãos em março recuaram 16,5% em volume (para 3,536 milhões de toneladas) e a receita caiu 7,4% (para US$ 1,911 bilhão). No caso do farelo houve retração de 41,4% no volume (para 617 mil toneladas) e de 22,4% na receita (para R$ 310 milhões). O óleo de soja apresentou redução de 29,9% no volume (137 mil toneladas) e de 31,2% na receita (US$ 155 milhões).

No setor sucroenergético, o destaque foi a exportação de açúcar, que em março cresceu 95,2% em volume (para 1,940 milhão de toneladas) e 53,1% em receita (para US$ 902 milhões). Já a exportação de etanol caiu 6,4% em volume e 15,1% em receita (para US$ 51 milhões).

As exportações de carnes se mantiveram praticamente estáveis, com embarques de 493 mil toneladas (-0,8%) e receita de US$ 1,365 bilhão (+0,3%). Segundo o estudo, a leve elevação das vendas do setor ocorreu em função do incremento na comercialização de carne bovina, que passou de US$ 456 milhões em março de 2012 para US$ 495 milhões em março de 2013 (+8,4%). O aumento deve-se ao maior volume embarcado (+15,2%).

O preço médio de exportação da carne bovina recuou 5,9%. A receita das exportações de carne de frango atingiu US$ 682 milhões (-0,1%), da carne suína US$ 105 milhões (-13,5%) e carne de peru US$ 27 milhões (-36,9%).

Agência Estado