? Ao reduzirmos o desmatamento [da Amazônia] em 80% [até 2020] já conseguiremos reduzir 20% das emissões de CO2 [gás carbônico] ? disse Dilma após reunião com o presidente Lula e ministros, em São Paulo.
Para chegar aos 40%, o governo ainda vai calcular qual será a contribuição de outros setores, como agricultura, pecuária e energia. Segundo a ministra, o compromisso voluntário de reduções ainda não foi fechado porque o governo “não pode achar”.
? Nós somos o governo e só vamos assumir o que é possível. Falta fazer avaliações consistentes porque temos que provar o que pode ser feito e ter políticas para fazê-lo. Não temos metas a cumprir, temos compromissos voluntários ? explicou a ministra.
Segundo Dilma, a proposta do Brasil para a Conferência do Clima, em dezembro, será divulgada em 14 de novembro. Para ela, o crescimento econômico não vai prejudicar os compromissos de redução de emissão de gases poluentes.
? Estamos fazendo tudo para assegurar que uma coisa não comprometa a outra ? afirmou.
A ministra assegurou que o Brasil terá uma posição muito clara e que será exemplo para o mundo.
? Queremos que Copenhague tenha ganhos, que os [países] ricos cumpram as suas metas e que os em desenvolvimento proponham seus objetivos voluntários.”
Dilma falou ainda que o maior vilão das emissões de gás carbônico são os combustíveis de energia fóssil e que o Brasil não tem esse problema uma vez que trabalha com energias de matriz renováveis.