A garantia do secretário foi reforçada pela equipe de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante a apresentação dos resultados do nono levantamento da safra 2009-2010.
? Nós disponibilizamos feijão dos nossos estoques e a falta de compradores indica que o motivo da alta é meramente especulativa. Portanto, o mercado deve se estabilizar daqui a 15 dias ou um mês ? disse o diretor de Operações da Conab, Rogério Colombini.
O aumento do preço do feijão se deveu à escassez de feijão novo na praça, no período entre a segunda e a terceira safra. Mas, segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, a terceira safra dá uma projeção de que haverá recuperação, por causa do aumento de área plantada, não havendo, portanto, preocupação falta.
? Para sinalizar que o governo atuará para segurar o preço, a Conab disponibilizou o feijão que estava nos estoques públicos pelo preço de R$ 90 [a saca]. Praticamente não conseguimos comercializar o produto, que está sendo vendido a R$ 140 ? informou Porto.
A alta pontual do feijão não diminuiu o otimismo do secretário do Ministério da Agricultura.
? Chegamos em uma safra recorde, e isso é muito bom para o país porque garante que não teremos problemas de abastecimento. Os preços estarão mais baixos para os consumidores e, com o apoio do governo, o produtor terá seus preços garantidos ? disse Guimarães.
Segundo ele, o crescimento da safra brasileira se deve, em primeiro lugar, ao “clima bastante favorável”. Além disso, ele aponta o fato de os preços estarem remunerando de forma satisfatória os produtores.
? Como há perspectiva de uma boa remuneração, eles plantaram e, com a ajuda do clima, a colheita foi boa.
A estimativa da Conab é de que a safra de grãos para período 2009-2010 chegue a 146,9 milhões de toneladas.