O objetivo é identificar as perdas nas etapas de armazenamento e transporte dos produtos agrícolas. O levantamento leva em consideração, por exemplo, a localização do produto, a diversidade climática e as características do armazém. O encontro segue até esta sexta, dia 15. Esta é a segunda reunião do grupo. A primeira ocorreu em maio, na sede da Embrapa.
O Estudo das Perdas Quantitativas e Qualitativas na Pós-Colheita de Grãos do Programa de Abastecimento Alimentar é inédito no país. O trabalho está inserido no Plano Plurianual de Governo 2008/2011 e constitui, há muito, demanda do agronegócio brasileiro. A identificação e quantificação das perdas que ocorrem no armazenamento e no transporte de grãos produzirão informações fundamentais para a regulamentação do setor e a implementação de políticas visando a sua minimização. Isso evitará prejuízos aos produtores, às empresas armazenadoras e, principalmente, ao país. O Brasil produz anualmente cerca de 150 milhões de toneladas de grãos. Cada 1% de perda representa prejuízo superior a R$ 500 milhões.
Esta ação da Conab, além de atender solicitações dos órgãos de controle, como o Tribunal da Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), também vai ao encontro dos interesses da comunidade científica e do setor de armazenagem brasileiros. Por isso, a Conab propõe a realização deste estudo juntamente com a Embrapa e outros parceiros.
De acordo com o setor responsável na Conab, não há dúvidas de que ocorrem perdas significativas de peso durante o transporte de grãos no país. Esta é uma lacuna que deve ser preenchida com pesquisas e trabalhos técnico-científicos, levando-se em conta a extensão do Brasil e a diversificação de climas nas regiões. Como os estudos internacionais sobre o tema ocorreram em países de clima frio, foram propostos estudos voltados às condições brasileiras.