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Conab diz que exportação de milho atende mercado

Volume recorde comercializado em agosto colocou governo em alerta sobre necessidade de recomposição dos estoques oficiaisA exportação de 2,7 milhões de toneladas de milho em agosto, recorde para um mês, acendeu no governo federal o sinal amarelo sobre a necessidade de recomposição dos estoques oficiais do cereal para enfrentar os períodos de alta expressiva das cotações e atenuar o impacto sobre os preços das proteínas animais. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues dos Santos, disse que o governo está analisando a alquimia perfeita em relação ao volume de estoque que seria n

Ao comentar sobre a possibilidade de restrição às exportações de milho, Santos afirmou a lei de oferta e demanda deve ser respeitada, mas ressaltou que o governo deve contar com mecanismos para evitar que as vendas externas de grãos coloquem em risco a segurança alimentar e pressionem os índices inflacionários, uma vez que o milho representa 70% dos custos de produção de aves e suínos.

O presidente da Conab afirmou que a disparada nas exportações de milho nos últimos dois meses é um dos fatores responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pela empresa para remover milho de Mato Grosso e Goiás para atender pequenos criadores de municípios da região Nordeste e do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ele explica que a demanda por caminhões inflacionou os valores dos fretes e reduziu o interesse das transportadoras pelo cumprimento dos contratos assumidos com a Conab, pois as viagens são mais longas e não têm garantia de carga no retorno a origem. O bloqueio das rodovias BR-364 e BR-174 em Mato Grosso nos últimos dias também contribuiu para reter os caminhões nas estradas.

Segundo um balanço da Conab, até a última sexta, dia 31, das 380,3 mil toneladas de milho que têm fretes contratados, 226,3 mil toneladas já foram embarcadas e 199,3 mil toneladas foram descarregadas no destino. Na próxima quinta, dia 6, a Conab realiza mais um leilão de frete para contratar a remoção de mais 116,8 mil toneladas. Santos afirmou que os preços estão na fase final de apuração e devem ser maiores que os do leilão da semana passada, que teve interesse para apenas 2 mil toneladas das 101 mil ofertadas.

Uma das estratégias da Conab para contornar a falta do interesse das transportadoras pela remoção do milho da Conab é contar com o apoio do Exército, que cederia caminhões para realizar o transporte. Uma das ideias da Conab é ensacar o milho na origem, uma vez que os armazéns da região Nordeste não têm estrutura para granéis. A seca que provocou forte quebra na produção nordestina de grãos aumentou a procura na região pelo milho dos estoques oficiais do governo, que é vendido a R$ 18,12/saca, bem abaixo dos R$ 40 praticados nas principais praças. No interior o produto chega a ser vendido a R$ 50/saca. O número de produtores cadastrados para comprar milho do governo, que era de 33,8 mil nos últimos anos, saltou desde junho para 132,4 mil.

O presidente da Conab afirmou que o Ministério da Agricultura continua negociando com o Ministério da Fazenda autorização para compra de milho a preços de mercado nas regiões produtoras do oeste da Bahia, Maranhão e Tocantins, pois com o frete o cereal chegaria às regiões de consumo do Nordeste a preços finais inferiores ao do transportado a partir de Mato Grosso e Goiás. Santos diz que no médio prazo a Conab deve rever sua política de armazenagem e investir na construção de silos nas áreas de nova fronteira, que serão estratégicos para atender a região Nordeste nos períodos de frustração de safra por causa da seca.

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