“A comercialização instável e os riscos climáticos aliados às boas perspectivas de outras culturas, como soja e milho, que têm maior estabilidade e liquidez, tem influenciado os plantadores de feijão em todo país, levando-os à diminuição da área cultivada”, diz o comunicado da Conab.
Considerando a safra passada, aproximadamente 45,6% da produção do feijão primeira safra ocorre na região Sul, com destaque para o Paraná. A região Sudeste representa 25,3%, e os Estados de Minas Gerais e São Paulo são os maiores produtores. A região Centro-Oeste representa 11,2% do feijão produzido, com destaque para Goiás. Na região Nordeste, cuja representação é 17,6%, a Bahia é o maior produtor.
No Estado do Paraná, que produziu 32,05% da produção nacional na safra anterior, deverá ocorrer uma redução na área, variando entre 23% e 18%, com o cultivo podendo oscilar entre 265 mil a 282,2 mil hectares.
“Até o fim de outubro, a área semeada estava em torno de 82%, representando um adiantamento em relação à safra passada. As áreas já semeadas encontram-se nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo”, informa a Conab.
Em Minas Gerais, o segundo maior produtor de feijão primeira Safra (13,34% do volume total na safra anterior), estima-se uma redução entre 8,4% e 4,6%.
“O plantio ainda é incipiente, devendo ser incrementado durante o mês de novembro. A grande maioria das áreas encontra-se na fase de preparo de solo”, revela a companhia. A produção nacional para o feijão da primeira safra deve, portanto, apresentar redução de 22% a 17,9%, para 1,31 milhão a 1,38 milhão de toneladas.