Conab estima recorde de 185 milhões de toneladas para safra de grãos 2012/2013

Volume cresceu 710 mil toneladas (0,40%) em relação ao registrado em junho; projeção da safrinha de milho aumentou em mais 620,3 mil toneladasA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça, dia 9, o resultado do 10º levantamento da safra de grãos 2012/2013, que estima um novo recorde na produção nacional de 185,05 milhões de toneladas. O volume aumentou 710 mil toneladas (0,40%) em relação ao estimado no mês passado e cresceu 18,87 milhões de toneladas (11,4%) quando comparado as 166,17 milhões de toneladas colhidas na safra passada. Vale lembrar que a safra 2011/2012 teve forte quebra na produção de soja devido à

No levantamento, a Conab atualizou os dados referentes a soja e segunda safra milho, que apresentaram variação em relação ao levantamento divulgado em junho. A estimativa da safrinha de milho aumentou em mais 620,3 mil toneladas, para o recorde histórico de 44,242 milhões de toneladas. Em relação ao ano agrícola 2011/2012 a produção estimada de milho safrinha teve aumento de 5,130 milhões de toneladas (13,1%).

A maior produtividade nacional de milho de segunda safra foi observada nas lavouras irrigadas do Distrito Federal, que devem produzir 133 sacas por hectare, ante as 100 sacas por hectare colhidas no ano passado. O DF deve produzir nesta safra 463,3 mil toneladas de milho de segunda safra A produtividade também ganhou destaque no  Paraná, onde atingiu recorde de 84 sacas por hectare, favorecida pelas condições climáticas, que também incentivaram os produtores a semear uma área recorde de 2,169 milhões de hectares. A produção paranaense de milho de segunda safra é estimada em 10,932 milhões de toneladas, volume 754 mil toneladas (7,4%) superior ao colhido no ano passado.

A expansão do plantio foi mais destacada em Mato Grosso, onde a área aumentou em 703,7 mil hectares (26,8%) para 3,349 milhões de hectares. A estatal estima a segunda safra de milho em 18,604 milhões de toneladas no Estado, volume 3,578 milhões de toneladas (23,8%) superior ao colhido na safra passada. A produtividade do milho de segunda safra em Mato Grosso caiu de 94,95 sacas para 93,15 sacas por hectare.

Os técnicos da Conab observam que as condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de milho de segunda safra na maioria das regiões. A exceção foi Goiás, onde a produtividade caiu de 100,7 sacas para 82,8 sacas por hectare. Em virtude da queda de produtividade, a produção de milho de segunda safra em Goiás deve cair 7,3% (para 3,892 milhões de toneladas), apesar do aumento de 12,8% na área cultivada (para 783,5 mil hectares).

O levantamento da Conab também destaca o aumento da produção de milho de segunda safra no Maranhão e na Bahia. Os técnicos comentam que as boas condições na maioria das regiões foram suficientes para estabelecer uma produção recorde para a segunda safra.

– A combinação desses fatores proporcionará uma safra recorde de milho no Brasil de 79,077 milhões de toneladas, representando uma evolução de 8,4% em relação à obtida no ano passado – informam os técnicos. 
 
Soja

No caso da soja, a Conab elevou sua estimativa em relação ao mês passado em 175,3 mil toneladas, para 81,457 milhões de toneladas. A produção de soja cresceu 15,073 milhões de toneladas (22,7%) em comparação às 66,383 milhões de toneladas colhidas na safra passada.

A Conab também atualizou os dados de área plantada, passando de 53,204 milhões de hectares no último levantamento para 53,220 milhões de hectares na estimativa atual. A soja lidera o plantio, com 27,72 milhões de hectares, área 10,7% superior à semeada na safra passada. A área de milho de segunda safra aumentou em 8,95 milhões de hectares (17,5%).

Os técnicos da estatal atribuem o desempenho ao clima favorável e também ao elevado nível das cotações internacionais, que possibilitou boa rentabilidade na comercialização antecipada da oleaginosa. Eles observam que os problemas observados durante o desenvolvimento vegetativo – como o atraso do plantio em função da chegada tardia das chuvas, a ocorrência de um clima úmido durante a colheita e também a incidência da ferrugem, especialmente nas lavouras da região Centro-Oeste – não trouxeram comprometimentos graves para a produtividade. O bom desempenho reflete, em grande parte, o crescimento da produtividade na região Sul, que subiu 15,1%, para 50,1 sacas por hectare.

– Essa performance fez a produtividade nacional atingir a média de 48,7 sacas por hectare, representando um recorde de crescimento e um superávit de 10,8% em relação à obtida em 2012 – apontam os especialistas.  

Recuo na área plantada

Os destaques na perda de área foram para o algodão (queda de 35,8% para 985 mil hectares), milho de primeira safra (queda de 8,8% para 6,892 milhões de hectares) e feijão total (queda de 6,2% para 3,061 milhões de hectares). 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também publicou sua estimativa para a produção agrícola nacional, com base em dados de junho.

 

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Agência Estado