Conab fará novo leilão de frete para levar milho ao Nordeste

Secretário Neri Geller também afirmou que governo deve fazer operações para aquisição de milho no ParanáA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza na próxima quinta, dia 24, mais um leilão para contratar serviços de transporte para remoção de 23 mil toneladas de milho de Goiás e Mato Grosso para abastecer os armazéns e polos de distribuição do Programa de Vendas em Balcão na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

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Conforme explicação da Conab, o programa oferece o milho a preço subsidiado a pequenos criadores rurais e agroindústrias de pequeno porte da região. Os produtores rurais enfrentam dificuldades para alimentar seus rebanhos, por causa da seca prolongada.

No leilão serão beneficiados produtores de Alagoas (Palmeira dos Índios/1 mil toneladas, Arapiraca/500 ton); Bahia (Irecê/1 mil ton); Ceará (Icó/700 ton, Canindé/573 ton, Jaguaribe/848 ton, Juazeiro do Norte/700 ton, Lavras da Mangabeira/591 ton, Marco/700 ton, Quixadá/552 ton, Quixeramobim/706 ton, Santa Quitéria/500 ton, Senador Pompeu/700 ton); Paraíba (Itaporanga/1 mil ton, Catolé do Rocha/1 mil ton, Sousa/1 mil ton, Campina Grande/1,3 mil ton, João Pessoa/700 ton, Monteiro/800 ton); Pernambuco (Arco Verde/1,8 mil ton, Recife/2,5 mil ton) e Rio Grande do Norte (Natal/2,2 mil ton, Currais Novos/1 mil ton, Mossoró/1,5 mil ton).

Paraná

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que ainda não recebeu o pedido da Federação de Agricultura do Paraná (Faep) de apoio à comercialização de 2 milhões de toneladas de milho, mas observou que o governo federal está atento à queda das cotações no mercado paranaense e deve realizar operações para aquisição (AGF) do cereal pelo preço mínimo de garantia de R$ 17,67. Segundo a Faep, os produtores estão recebendo entre R$ 16,50 e R$ 17,50 a saca.

Geller disse que o governo deve comprar de 600 mil a 800 mil toneladas de milho no Paraná por meio das operações de AGF, para recompor os estoques oficiais, que estão zerados. Ele afirmou que o Ministério da Agricultura também pretende comprar milho para recompor os estoques públicos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, que estão em níveis muito baixos.

O secretário afirmou que o governo irá analisar os pedidos da Faep de realização de leilões de equalização de preços (Pepro) de 1 milhão de toneladas de milho e para escoamento (PEP) de mais 1 milhão de toneladas do cereal. A Faep também reivindica a revisão do preço mínimo de garantia do milho, atualmente em R$ 17,67 a saca, levando em conta o custo de produção de R$ 20,41 a saca, calculado pela Conab.

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Agência Estado