As investigações feitas por fiscais da Conab, a partir de denúncias relativa ao leilão realizado em janeiro deste ano, constataram diversas irregularidades nas operações, como produtor com falsos arrendamentos, apresentação de pomares de terceiros ou mesmo já erradicados.
Os fiscais descobriram até um pai de santo e uma dupla sertaneja que foram utilizados como “laranjas” nas operações, por meio das quais o governo concedeu, em média, R$ 4,48 a caixa de subsídio ao produtor que arrematou o prêmio em leilão e comprovou a venda da fruta a indústria pelo preço de referência de R$ 10,10 a saca.
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A Conab realizou, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano, onze leilões do mecanismo chamado Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Os produtores arremataram R$ 135,1 milhões em prêmios para escoamento de 30,19 milhões de caixas de laranja. O Pepro foi uma alternativa encontrada pelo governo para evitar que toneladas de frutas estragassem nos pomares, sem serem colhidas, por causa da demanda fraca e dos baixos preços, provocados pelos altos estoques de passagem de suco de laranja nas indústrias.
