IBGE estima produção em 94,88 milhões de toneladas; pesquisa dos órgãos foi realizada em fevereiro deste ano
Nesta terça, dia 10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou suas projeções para a safra de soja. Com a colheita em pleno andamento e enfrentando problemas climáticos, a produção ainda será superior à safra passada. A produção deve ficar em 93,26 milhões de toneladas.
Incremento deve ser de 8,3% ou o equivalente a 7,14 milhões de toneladas. Em área plantada, a soja apresenta também evolução, com um crescimento de 3,9%, passando de 30,17 para 31,33 milhões de hectares.
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A queda se deve ao clima insatisfatório em janeiro, que influenciou a expectativa de produtividade no Sudeste, parte do Centro-Oeste e na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 28 de fevereiro, quando foram levantadas informações de área plantada, produção estimada, produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis.
O trabalho tem parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
IBGE
Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola divulgado nesta terça, dia 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta uma safra de soja em 94,88 milhões de toneladas.
A falta de chuvas em Goiás durante o mês de janeiro afetou a expectativa da produção local de soja de 415.510 toneladas. A perda corresponde a 66,1% da revisão total de 628.404 toneladas a menos para a estimativa nacional da safra de soja em relação ao previsto em janeiro.
– A queda foi principalmente em Goiás, por causa da ocorrência de veranico em janeiro – afirma Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
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O levantamento de fevereiro mostra que a produção de soja do País será 0,7% inferior ao estimado em janeiro, mas ainda 9,8% maior que a registrada em 2014.
– Todo mundo resolveu plantar a soja (em 2015). A saca de soja de 60 quilos está em torno de R$ 51 a R$ 54. A de milho estava em torno de R$ 17,50 a R$ 20 a saca de 60 quilos em fevereiro. Isso é preço de agora, já esteve pior (durante o plantio) – justifica Andreazzi.
Diante dos preços mais atraentes da soja, a safra de milho será 4,2% menor este ano, totalizando 75.439.966 toneladas. Houve redução da área plantada como reflexo do pessimismo de produtores em relação ao preço do produto.
Aprosoja Brasil
A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) mantém sua expectativa de safra entre 90 milhões e 92 milhões de toneladas nesta safra.
Grãos
A produção de grãos no Brasil na safra 2014/2015 está estimada em 198,5 milhões de toneladas, 2,6% ou 4,98 milhões de toneladas a mais do que a última safra, quando foram colhidas 193,5 milhões. Em relação ao levantamento do mês passado, houve uma correção de menos 0,8%. Os números são do 6º levantamento divulgado pela Conab.
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A área destinada ao plantio de grãos deve ser praticamente a mesma que a da última safra, chegando a 57,03 milhões de hectares. A área destinada ao algodão deve diminuir, ficando em 976,1 mil hectares – 13% inferior à safra 2013/2014. O motivo é a redução do consumo e dos preços praticados e o excesso dos estoques interno e externo.
O levantamento também faz estimativas para as culturas de segunda safra, com uma expectativa de redução de 2,2% na área de milho, passando de 9,21 para 9,01 milhões de hectares.
Estadão Conteúdo
