A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai ofertar mais 150 mil toneladas de milho em leilão na próxima terça, dia 16. O pregão ocorrerá em duas operações, com oferta de 61.600 toneladas e 88.300 toneladas, estocadas nos armazéns da companhia em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O produto, conforme a Conab, é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.
No primeiro leilão de venda milho, em 1º de fevereiro, a Conab ofertou 148 mil toneladas também desses dois Estados, além do Rio Grande do Sul. Foram negociadas 125.900 toneladas. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, prometeu fazer oferta de até 500 mil toneladas, volume a ser distribuído em diversos leilões ao longo do ano e conforme a demanda.
Santa Catarina
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O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para o agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário Lanznaster, divulgou nota queixando-se do preço do milho e do custo logístico para trazer o grão das regiões produtoras.
Ele observou que a insuficiência de milho catarinense para abastecer as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura obriga as indústrias de processamento da carne a buscar, todos os anos, entre de 3 milhões e 3,5 milhões de toneladas de grãos no Centro-Oeste.
“Para isso é necessária uma operação rodoviária que, de tão grande e tão cara, está se tornando irracional e absurda”, disse o executivo. Segundo ele, as agroindústrias do oeste de Santa Catarina estão paulatinamente se transferindo para o Centro-Oeste.
Nos cálculos de Lanznaster, Santa Catarina gasta R$ 5 bilhões por ano com frete para trazer milho de outros estados. “Só há um meio para evitar a fuga das agroindústrias: construir a Ferrovia Norte-Sul, ligando o oeste catarinense ao Centro-Oeste do país”, afirmou.
